sábado, 12 de dezembro de 2009

Meu Pai, agricultor.

Eu estava tentando ficar quieto, dando sossego ao meu corpo e mente, e, sobretudo ao meu espírito [...]; e fazia isto assentado num desses bancos de madeira [...], comuns em praça velha, coberto por uma “capela” de bambuzinhos que se derramam sobre o banco cansado de guerra, mas que me dá o maior aconchego [...].
Ora, dali [...] olhando o resto do quintal/jardim/casa/destelhada... [nosso quintal: onde se tem tudo de uma casa, mas ao ar livre...], com os três laguinhos que aqui fiz para minha diversão e prazer [lazer de alguns lindos sábados]; e olhando mais um monte de outras coisinhas [...], como uma casa/cacimba/amazônica, toda de madeira, com cara de velha [...]; ou um batistério de arquitetura com o estilo dos Essênios, conforme se vê em Qunram, no Mar Morto [...]; tudo feito por nós mesmos, usando material velho jogado fora aqui nas ruas do Lago Norte...
Amo ficar ao ar livre o dia todo, em nosso quintal/casa...
Além de tudo isso ainda há a impressão que causa a enorme quantidade de plantas e árvores [maiores e menores de tipo e naturezas bem distintas] — o que atrai uma passarada maravilhosa; de nobres “alma de gatos”, “bem-te-vis”, “sabiás laranjeiras” [...] a uma grande quantidade de outros mais de 15 tipos [...], sem falar nos periquitos, que nesta época abundam [...].
Portanto, enquanto via tudo isto [...] e ouvia o ruído meigo da maquina com a qual o Jove estava cortando a grama, com o subseqüente aroma que sobe de mato cortado à espera do rastelo [...], dei-me conta de que as nossas videiras estão lindas, cheias, carregadinhas de pequenos cachos; e produzindo uma bela sombra sob suas galhadas e ramagens [...] trepadas sobre a estrutura que as ampara...
Logo outra vez Aquela Voz...
“Eu sou a Videira Verdadeira e meu é o Agricultor; todo ramo que estando em mim não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda”.
Então lembrei como de todas as árvores que já cuidei na vida, nenhuma dá e demanda mais cuidado e carinho que a videira...
Para se amar uma videira tem-se que ter um amor que ama sem pena; com amor mesmo; visando a vida; e nunca a aparência...
Sim, pois pelo menos duas vezes ao ano, por vezes até três..., você tem que amar a videira, no auge de sua folhagem, tendo a coragem de podá-la toda, tirando ramo a ramo, folha a folha, deixando apenas os ramos que frutificam; e cortando os que não dão fruto..., mas que ainda assim existem na videira...
Os que dão fruto ficam na videira...
Os que não dão fruto o Jove joga num circulo de pedras que temos justamente para fazer fogueira e queimar galhos velhos no inverno...
O Agricultor, porém, tem que amar com amor mesmo; e não com mágicas amorosas...
Se Ele ama a Videira Ele tem que limpa-la, cortar pedaços dela; ou seja: o Agricultor tem que nela exercer a poda... Sempre... Todos os anos... Mais de uma vez cada ano...
O Agricultor também limpa em volta da videira... Cava o solo... Afofa o chão... E aduba ao redor, mas não tão próximo ao pé da Videira, que é para não alterar a qualidade harmônica e orgânica da terra... Assim, o Agricultor não põe o reforço no pé da Videira, mas no chão da terra [...] mais distante um pouco... Assim, o Agricultor põe o adubo de modo a que a Videira ponha suas raízes mais distantes [...] e sugue seus melhores nutrientes sem traumas para o caule...
Dói amar a videira quando é o tempo da poda [...]. Mas quem não a poda não a ama [...].
Vendo o Agricultor amar a Videira aprende-se que o amor tudo sofre, tudo espera e tudo suporta; e que o amor jamais acaba...
O Agricultor não pode amar com romance a Videira, buscando apenas os Seus próprios interesses e prazeres carinhosos... Não!... Ele faz o que tem de ser feito para que a Videira dê mais fruto ainda...
A relação do Agricultor com a Videira/Jesus/Discípulos/Humanidade [...] segue a lógica do amor que vejo no meu amor pelas minhas videirinhas; o que me põe no caminho do amor que corta, poda e limpa... — que é o Caminho do Deus Agricultor com o Cristo/Igreja/Humanidade...
Nunca nos esqueçamos que se na Parábola do Joio no Campo de Trigo, o campo é o mundo... — então, não se deveria pensar que o ambiente no qual a Videira esteja plantada seja outro além do chão do mundo; o que faz com que a Videira seja [...] numa relação intima e consciente [...] aquela que se confessa no vínculo Jesus/Discípulo/Humanidade; e na relação mais ampla, segundo a Ordem de Melquizedeque, a Videira é Cristo/Igreja/Humanidade...
Assim, tanto na perspectiva existencial quanto na coletiva, tem-se que Jesus/Cristo, como Videira, une Seu destino ao destino de Seus ramos; e se submete ao Pai no trato Dele para com todos os ramos, sejam eles os que conhecem a Jesus pelo nome, sejam aqueles que estão incluídos no Cristo/Videira, ainda que nunca tenham ouvido o nome Jesus com os ouvidos carnais...
Assim, vejo não somente a vida pessoal ou a existência comunitária que professa a fé com consciência de Jesus como sendo os únicos ramos da Videira, mas também toda a Humanidade/Ramo/Igreja, segundo a Ordem de Melquizedeque.
Desse modo, em meu olhar, cada acontecimento humano, seja individual ou coletivo ou até global, está carregado do amor do Agricultor que corta, limpa, poda e queima...
No Apocalipse se vê que o Cordeiro [a categoria redentora da descrição do Filho mais ampla existente nas Escrituras...] como sendo Aquele que vindima a Terra... Aliás, a linguagem do Apocalipse está carregada da idéia do trato do Agricultor em relação à Humanidade... Todas as etapas da relação do Agricultor com a Videira estão descritos no Apocalipse; a semeadura, a vindima, a poda, o lagar, o vinho... — porém, em associação à Humanidade...
Estamos nos aproximando de uma dessas Eras de Poda que o Agricultor exerce de tempo em tempo; e com mais aparência de gravidade tanto mais quanto do Fim nos aproximemos...
No tempo do Amor que Poda a única garantia para o ramo terá sido e é a sua permanência intrínseca e intima da Videira.
O Agricultor corta da Videira aquilo que é da Videira, embora tenha se tornado um pedaço dela que não se nutre Dela em essência...
O que se aprende também nessa imagem da Videira é que o amor do Agricultor é pela Videira antes de ser pelos ramos...
Ora, com isto também aprendemos que a única Humanidade que interessa ao Agricultor é aquela que se torna semelhante ao Filho do Homem!
A Meta de tudo é que a Humanidade seja a perfeita semelhança do Filho do Homem...
Assim, para o Pai, a Humanidade tem que ser como o Filho; do contrário, não é humana...
No Fim o Agricultor não soma e nem conta os ramos que se perderam, mas a Videira [...] cheia e linda; feita de todos os homens que se mantiveram firmes na única Videira...
Desse modo se pode dizer que o Agricultor pratica no curso da História exatamente a mesma coisa que Ele pratica na Natureza como um todo: seleção natural...; pois, não é Ele quem arranca sem razão [...], mas apenas corta aquilo que não se mantém no fluxo da seiva da vida...
Portanto, muitos são chamados, mas poucos os escolhidos; e, estranhamente, os escolhidos são os que permanecem na sua vocação, que é existir da seiva da Videira.

Na Videira e em nome do Agricultor,

Caio
27 de novembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SOCIOPATIA CRISTÃ

Psicopatia é um termo que designa disfunções psíquicas em geral, especialmente relacionadas à neurose, psicose e paranóia, ainda que na Psicanálise o termo faça referencia mais especifica às perversões do comportamento sexual e afetivo; daí tais indivíduos serem também chamados de sociopatas.
Paulo diz a Timóteo na segunda carta que a ele escreveu que nos “últimos dias” os homens seriam sociopatas, cada vez em maior escala de sociopatia...
Ora, o que Paulo chama de o homem do fim é um ser em estado de sociopatia, pois, diz ele: serão egoístas, arrogantes, avarentos, enfatuados, arrogantes, irreverentes, implacáveis, desafeiçoados, sem afeição natural, sem domínio de si mesmos, antes amigos dos prazeres e dos caprichos pessoais do que amigos de Deus e do próximo; e isto tudo enquanto se manteriam com cara de piedade e religiosos, embora negassem Deus e Seu poder [...] pelo modo como se comportariam — ou seja: possuídos de sórdida ganância, fazendo comercio da fé e da boa e simples vontade dos homens, enquanto seriam extremamente sedutores, ao ponto de fazerem cativas deles mulheres carentes, e, portanto, vivendo sob o domínio das paixões da alma em descontrole e pânico de não haver amor na vida...
Ora, isto tudo Paulo diz que aconteceria dentro do grupo chamado igreja; sendo, portanto, uma advertência aos cristãos, aos discípulos; posto que Paulo tivesse certeza [dada a ele pelo Espírito Santo] que nos “últimos dias” as coisas seriam assim entre “os irmanos”...
A mim parece que faltam vários sinais a se cumprirem no mundo antes da volta do Senhor! Todavia, se há um sinal que já não necessita de maiores cumprimentos é esse que revela o estado sociopata dos cristãos e do que eles convencionaram continuar a chamar “igreja” [...] — quando a recomendação de Paulo é simples: “Foge também destes!”...
Nesse sentido o Cristianismo já o sinal do fim mais estabelecido que vejo diante de mim; pois, o que Paulo cria que haveria ainda de acontecer [...] entre nós se tornou fato simples do cotidiano...
A iniqüidade se multiplicou tanto que o amor já se esfriou em quase todos!...
Então surgiu o tempo da sociopatia fraterna; ou melhor: fratricídio...
Sim, surgiu o nosso tempo...
Ora, nesse tempo a Carta seria outro, a fim de agradar aos paladares dos cristãos e seus líderes atuais...
Leia: CARTA DE UM APÓSTOLO A SEU BISPO

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Nele, que nunca nos deixou sem aviso,

Caio
10 de dezembro de 2009
Lago Norte
Brasília

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CAMINHOS DE JEOVÁ

CAMINHOS DE JEOVÁ



“Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Jeová tem muitos caminhos. Um deles é o deserto: “Derrama o desprezo sobre os príncipes, e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho” (Sl. 107:40). Por que no deserto não há caminho? Porque o vento move a areia e apaga as marcas dos pés, e um caminho é uma trilha que une dois lugares. Sem a trilha não se chega a lugar nenhum. Então porque Jeová levou o seu povo ao deserto? Porque não os levaria a nenhum lugar. O plano era matá-los no deserto. No mesmo salmo lemos: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade onde habitassem” (Sl. 107:4). Jó acrescenta algo mais sobre o assunto: “Tira o coração aos chefes das gentes da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho” (Jó 12:24). O povo de Israel andou errante e desgarrado quarenta anos, mas Jeová os guiava: “Assim partiram de Sucote, e acamparam em Etã, à entrada do deserto. E Jeová ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Ex. 13:20-22). Já imaginaram Jeová matando no deserto oitenta a cem pessoas por dia durante quarenta anos? Foi ele que os condenou à morte nesses quarenta anos (Nm. 14:27-35). Este foi o caminho de Jeová no deserto. Caminho da morte.
O segundo caminho de Jeová é o mar. Ele disse: “Pelo mar foi o teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram. Guiaste o teu povo como a um rebanho, pela mão de Moisés e Arão” (Sl. 77:19). É claro que o caminho a que Jeová se refere é a passagem pelo mar Vermelho, quando a mar se abriu e Israel passou a pé enxuto; e quando os exércitos de Faraó os seguiram, o mar se fechou e destruiu os carros de Faraó, matando os cavalos e os cavaleiros (Ex. 14:27-31). O apóstolo Paulo se refere a este episódio dramático com as seguintes palavras: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados na nuvem e no mar” (I Co. 10:1-2). Batismo, no grego, se traduz por imersão. Os egípcios foram batizados na nuvem e no mar, pois foram imersos nas águas do mar Vermelho, e morreram todos. O povo de Israel passou a pé enxuto, logo não foi batizado e por isso não morreram. Jeová, no seu batismo os salvou, para matá-los no deserto durante os quarenta anos. Na epístola de Judas, lemos: “Mas quero lembrar-vos, como a quem uma vez já soube isto, que havendo Jeová salvo um povo, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5). O batismo de Jeová é caminho da morte e condenação (Is. 43:16-17).
O terceiro caminho de Jeová é o caminho da repreensão: “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv. 6:23). Mas está escrito que a vara é para as costas do tolo (Pv. 26:3; 10:13), isto é, a vara não resolve. Jeová declarou o seguinte: “Retive a chuva no campo, e andaram vagabundos de cidade em cidade; e contudo não vos convertestes a mim. Feri-vos com queimadura e ferrugem. As vossas hortas, as vossas vinhas, as vossas figueiras, as vossas oliveiras, foram comidas pela locusta; contudo não vos convertestes a mim, diz Jeová. Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito, os vossos mancebos matei à espada, os vossos cavalos deixei levar presos, o fedor dos vossos exércitos fiz subir aos vossos narizes; contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová. Subverti alguns dentre vós, como deus subverteu Sodoma e Gomorra, contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová” (Am. 4:7-11). Logo a frente, Jeová vocifera dizendo: “Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então Jeová me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; daqui por diante nunca mais passarei por ele” (Am. 8:2). Está provado que repreensão e vara não resolvem. Um cão que apanha muito, fica vira-lata.
Jeová tem o seu caminho na tormenta: “Jeová toma vingança e é cheio de furor” (Na. 1:2). Vejamos o que fazem as tormentas de Jeová: “Eis que Jeová mandará um homem valente e poderoso; como uma queda de saraiva, uma tormenta e destruição, e como uma tempestade de impetuosas águas que transbordam, violentamente a derrubará por terra a coroa de soberba dos bêbados de Efraim” (Is. 28:2-3). “Eis que saiu com indignação a tempestade de Jeová; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira de Jeová, até que execute e cumpra os pensamentos do seu coração” (Jr. 23:19-20). “Porque Jeová tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada, diz Jeová. Assim diz Jeová dos exércitos. Eis que o mal sairá de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra. E serão os mortos de Jeová, naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra extremidade da terra. Não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados, mas serão como estrume sobre a face da terra” (Jr. 25:31-33). É difícil crer que Jeová é refúgio contra a tormenta (Is. 25:4). E Jeová tem outros caminhos, mas todos levam à morte.
Davi, o inocente, declarou que o caminho de Jeová é perfeito (Sl. 18:30). Trovões, terremotos, tufões de vento, tempestade, granizo, labareda de fogo consumidor, nunca foi caminho perfeito (Is. 29:6).

Deus, o Pai, estabeleceu um caminho perfeito, que une céus e terra, que acalma as tormentas e tempestades (Mt. 8:23-27). Jesus não tem caminhos neste mundo; Jesus é o caminho. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

EU, PORÉM, VOS DIGO


EU, PORÉM, VOS DIGO



“Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Eu sempre pensei que Deus só tem um caminho, pois Jesus declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6). Se Jesus é o caminho por onde se vai a Deus, não havia caminho antes do Cristo encarnado. É fácil provar. Por exemplo: no Velho Testamento Jeová deu a lei olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe (Ex. 21:24-25). O texto de Jeová é claro: Quando um arrancasse o olho do outro, ou com um soco quebrasse o dente do outro, os juizes prendiam o que quebrou o dente ou arrancou o olho, e o queixoso, na praça pública lhe arrancava o olho, e lhe quebrava o dente com um soco. De igual modo seriam cobradas as outras violências descritas no texto acima. Jesus, quando veio, mudou a lei dizendo: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt. 5:38-41). Ora, se Cristo estivesse com Moisés, teria dado este mandamento, e não o que Jeová deu; logo Jesus não estava no Velho Testamento, e não era Jeová como dizem os teólogos.
Jesus disse também: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos a Jeová. Eu, porem, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porem, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt. 5:33-37). Ora, se estivesse lá no monte Sinai dando a lei ao povo, não ordenaria o juramento, como Jeová fez, dizendo: “A Jeová teu deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt. 6:13). E o profeta Isaías disse: “De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no deus da verdade; e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus da verdade” (Is. 65:16).
Ora, se Jesus Cristo estivesse no Velho Testamento, isto é, se ele fosse Jeová, não teria ordenado o juramento; e se Espírito de Cristo estivesse em Jeová, este não teria mandado o povo jurar pelo seu nome (Lv. 19:12; Dt. 10:20; Is. 45:23). Concluímos que Jesus Cristo nunca esteve no Velho Testamento em pessoa, logo não é Jeová.

E disse mais Jesus: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porem, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério” (Mt.5:27- 28). Esse termo, EU, PORÉM, VOS DIGO, revela que Jesus pensa diferente do que está no Velho Testamento. Em outras palavras, Jesus diria: A minha linha de conduta é outra, ou, o meu nível está acima daquele. Quanto ao adultério, na lei, Jeová fala claro: “Quando um homem for achado deitado com mulher casada com outro, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher. Assim tirarás o mal de Israel” (Dt. 22:22). O adultério só era configurado quando eram pegos em flagrante (Jo. 8:1-3). Na lei não era considerada a intenção que leva ao ato. Jesus abordou o desejo antecipado, isto é, a cobiça do coração lascivo. Alias, Jeová aprovava a cobiça com respeito a mulheres não israelitas (Dt. 21:10-14). Para Jesus, qualquer que cobiçar com os olhos, já no coração cometeu adultério; e acrescenta: “Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um de teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt.5:29-30). É obvio que Jesus não estava no monte com Moisés, pois se estivesse daria o seu conceito, e não o conceito de Jeová. Jesus nunca foi Jeová.
Por ultimo, Jesus falou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerá o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt. 5:43-45).
Por que Jeová mandou amar o próximo e aborrecer o inimigo? Aborrecer é também odiar! Jeová mandou aborrecer porque ele aborrece: “Jeová aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (Sl. 5:6). “Jeová prova o justo, mas a sua lama aborrece o ímpio e o que ama a violência” (Sl. 11:5). Como Jeová aborrece os ímpios, ordena a seus servos que também aborreçam. Jeová aborreceu até o seu próprio povo, porque pecou, adorando outros deuses: “Pois lhe provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura. Jeová ouviu isto e se indignou, e sobremodo aborreceu a Israel. Pelo que desamparou o tabernáculo em Silo, a tenda que estabelecera como sua morada entre os homens. E deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo. E entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança. Aos seus mancebos consumiu-os o fogo. E as suas donzelas não tiveram festa nupcial” (Sl. 78:58-63). Veja o que Jeová fez aos que aborreceu. Que ódio! Pois Davi, o amado de Jeová, aprendeu a aborrecer nessa escola. Davi mesmo confessa isso, achando glorioso aborrecer: “Não aborreço eu, ó Jeová, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Sl. 139:21-22). O mau exemplo de Jeová não faz parte do currículo de Jesus, que assim falou: Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: E deu aos discípulos uma nova cartilha de amor, para que fossem filhos do Deus Pai (Mt. 5:43-48).

Referindo-se aos estatutos dados por Jeová, Jesus disse: Ouvistes o que foi dito. E em seguida diz: Eu, porém, vos digo. Assim Jesus reprovou os estatutos de Jeová, e estabeleceu outros perfeitos. Fica provado que o que Jeová ordenou, não é o que Jesus ordena, e assim fica provado que Jeová não é Jesus, pois Jesus jamais poderia ordenar leis e estatutos contrários; pois dessa forma cairia no ridículo.

Paulo declara: “Se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo” (II Tm. 2:13). E outra vez: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb. 13:8).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

O DEUS INJUSTO

DEUS INJUSTO



Diz a Escritura sagrada que Jeová é deus misericordioso e piedoso. Diz isso por boca de Moisés, seu fiel servo: “Passando pois Jeová perante a sua face, clamou: Jeová, o senhor, deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade” (Ex. 34:6). E disse mais Moisés: “Saberás pois que Jeová teu deus é deus, o deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt. 7:9).

Como Jeová é misericordioso, sua herança é eterna. Ele deu a Abraão e à sua descendência a terra de Canaã, dizendo: “Eu estabelecerei o meu concerto entre mim e à tua semente depois de ti, em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por deus, e à tua semente” (Gn. 17:8). Quatrocentos anos mais tarde, pela mão de Moisés, libertou o povo de Israel do Egito, e os levou ao monte Sinai, para estabelecer o concerto da lei. Enquanto Moisés estava com Jeová no monte, o povo se corrompeu em baixo. Jeová, ofendido e cheio de furor intentou destruí-los. Moisés suplicou a Jeová que não destruísse seu povo, e recordou a Jeová a promessa feita a Abrão (Ex. 32:10-14). Convencido por Moisés, Jeová se arrependeu. Até o deus Jeová quando fala sem refletir, é obrigado a se arrepender.

Mas Jeová é misericordioso e dá herança até aos infiéis. Por exemplo: Os moabitas e amonitas eram dois povos de origem incestuosa. Moabe, pai dos moabitas, nasceu do incesto da filha mais velha de Ló, com o próprio pai (Gn. 19:31-33). Os amonitas são os filhos de Amon, que surgiram de Benami, filho da irmã mais nova, também por cópula incestuosa com Ló, seu pai (Gn. 19:34-38). Além disso, os moabitas, com medo dos israelitas, acampados nas colinas de Moabe, tentaram alugar Balaão para amaldiçoar Israel (Nm. 22:5-6). Antes disso, quando Israel saiu do Egito, e pediu passagem pela terras dos moabitas e amonitas, estes não permitiram. Na realidade, apesar da maldição dos maobitas e amonitas, Jeová tinha dado ordem a Israel, dizendo: “Não molestes a Moabe e não entres em peleja com eles, porque te não darei herança da sua terra; porquanto tenho dado Ar aos filhos de Ló por herança” (Dt. 2:9). Eram povos corruptos e abomináveis a Jeová, mas em consideração a Ló, deu-lhes herança (Nm. 25:1-3; Dt. 2:17-19).
Israel pediu passagem para os edomitas, no caminho para Canaã, mas estes também não permitiram, e ameaçaram pegar em armas (Nm. 20:14, 18). Os edomitas são descendentes de Esaú, irmão de Jacó. Ambos são filhos de Isaque. Esaú é o mesmo Edom (vermelho) (Gn. 25:30). Esaú era fornicário e profano. Na carta aos Hebreus, lemos: “E ninguém seja fornicário, ou profano, como Esaú, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento; ainda que com lágrimas o buscou” (Hb.12:16-17). Por que Esaú é chamado de fornicário? Porque casou com mulheres hetéias, e tão perversas, que foram uma amargura de espírito para Rebeca (Gn. 26:34-35). Rebeca até desesperou da vida por causa dessas mulheres (Gn. 27:46). Pois Jeová, o piedoso e misericordioso, deu herança a Edom (Gn. 25:30). Jeová disse: “Dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e eles terão medo de vós, porém guardai-vos bem. Não vos entremetais com eles, porque não vos darei da sua terra, nem ainda a pisada da planta de um pé; portanto a Esaú dei a montanha de Seir por herança” (Dt. 2:4-5). Jeová foi misericordioso e piedoso com Esaú.
Jacó teve doze filhos, que formaram as doze tribos de Israel. Os primeiros quatro filhos de Léia são: Rubem, Simeão, Levi e Judá (Gn. 29:32-35). Faremos um resumo da vida destes quatro filhos de Léia e Jacó: Judá tinha três filhos. Para Er, seu filho primogênito, Judá tomou a Tamar por esposa. Mas Er era mau, pelo que Jeová o matou. Judá então disse a Onã: Casa-te com a mulher do teu irmão, e suscita semente a teu irmão. Onã, porém, se negou a suscitar semente ao irmão morto, e o que fazia era mau aos olhos de Jeová, pelo que o matou. Selá, o mais novo, era muito jovem, e Judá se omitiu de fazê-lo casar-se com Tamar. O tempo passava, e Tamar vestiu-se com trajes de prostituta, e sentou-se à beira do caminho. Judá passou pelo caminho, viu-a com o véu, e pensando ser uma prostituta, deitou-se com a sua nora, e ela concebeu. Judá era um indivíduo lascivo e prostituído. Mas Jeová, o piedoso, lhe deu herança eterna em Canaã (Js. 15:1-12). Essa história imoral está em Gn. 38:1-19.
A história de Simeão e Levi é diferente. Sua irmã Diná, curiosa, saiu a passear para conhecer as moças da terra. Siquém, filho de Hamor, heveu, viu-a, e se deitou com ela. E Siquém amou-a, e foi com seu pai falar com Jacó para fazer o casamento. Jacó exigiu a circuncisão. Eles aceitaram inclusive unir os clãs. Todos os varões foram circuncidados. Ao terceiro dia, quando a dor era mais forte, Simeão e Levi, entraram afoitamente na cidade, e mataram a todos os varões. Assassinaram friamente aqueles que creram na fé do seu pai. Mas Jeová, o misericordioso, lhes deu herança (Js. 19:1-9). Levi herdou com Judá, por formar a tribo dos levitas, que ministravam no tempo.

Rubem, o primogênito de Jacó, e a força de Jacó, seduziu a mulher de seu pai, e praticou incesto (Gn. 35:22). Jacó, seu pai, soube-o, e na hora da morte recriminou-o (Gn. 49:3-4). Por esse ato vergonhoso, Rubem perdeu a primogenitura, que passou para os filhos de José: Efraim e Manassés (I Cr. 5:1). Mas Jeová lhe deu herança na terra (Js. 13:15-23).

Mas, o varão que não teve herança na terra de Jeová, não foi incestuoso, não foi criminoso como Simeão e Levi, não foi profano e fornicário como Esaú, não foi adversário de Israel como os moabitas e amonitas; mas foi o mais manso (Nm. 12:3), foi o maior profeta (Dt. 34:10). Foi o mais íntimo de Jeová, e o mais fiel (Nm. 12:6-8). Quando desceu do monte seu rosto brilhava tanto que os filhos de Israel não o podiam fitá-lo (Ex. 34:29-30).

Pois Moisés não teve herança, tal era a consideração que Jeová teve com Moisés (Dt. 34:1-5). Este é Jeová, o piedoso ...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O SANTO DE ISRAEL

O SANTO DE ISRAEL - I


“Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é SANTO: Num alto e santo lugar habito, e também com o abatido e contrito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” (Is. 57:15). Jeová é tão sublime que o salmista diz: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl. 46:1). Davi declara: “Dá-nos auxílio para sairmos da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem” (Sl. 108:12).

Os oprimidos deste mundo, os pobres e famintos, mesmo não conhecendo, clamam a Deus. No momento do desespero, os lábios se abrem, dizendo: Deus, ajuda-me. No momento final, quando não há mais esperança, os olhos se elevam para o céu.

Salomão disse: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi” (Ec. 3:15). Como Jeová declara que não muda, em Ml. 3:6. Assim o que ele fez no passado, vai fazer no futuro.

Jeová criou um povo para sua glória, povo que era chamado pelo seu nome (Is. 43:7). Jeová declara amor eterno pelo seu povo (Jr. 31:3). Declara em Dt. 14:1 que são seus filhos. Vejamos o tratamento que dá a seus filhos amados:

JEOVÁ AFLIGE OS SEUS FILHOS - O texto bíblico diz: “Então dirá à geração vindoura, os vossos filhos que se levantarem depois de vós, e o estranho que virá de terras remotas, vendo as pragas desta terra, e as suas doenças, com que Jeová a terá afligido, e toda a sua terra abrasada com enxofre e sal, de sorte que não será semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva alguma, assim como foi a destruição de Sodoma e de Gomorra, de Admá e de Zeboim, que Jeová destruiu na sua ira e no seu furor; e todas as nações dirão: Por que fez Jeová assim a esta terra? Qual a causa do furor e desta tão grande ira? Então se dirá: Porquanto deixaram o concerto de Jeová” (Dt. 29:22-25). Pode um pai santo e puro tratar seus filhos com tão grande furor, a ponto de destruí-los a fogo, pragas e maldições, até que se acabem de todo? Se santidade é isso, não produz amor e misericórdia, mas ódio mortal e vingativo.
JEOVÁ TIRANIZA OS SEUS FILHOS SEM PIEDADE - O profeta Ezequiel diz: “vivo eu, diz Jeová Deus, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós” (Ez. 20:33). No segundo livro de Crônicas de Israel está escrito a respeito do reinado de Roboão, filho de Salomão: “Vendo, pois, Jeová, que se humilharam, veio a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve, lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor se não derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque. PorÉm serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra” (II Cr. 12:7-8). Faz parte do governo de Jeová entregar o seu povo na mão dos maus. “E os rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos; Eu, Jeová, o disse” (Ez. 30:12). Este tipo de comportamento é incompatível com a santidade, pois santidade é o mais alto grau de virtude, e Jeová trata os seus filhos despoticamente.
JEOVÁ ATORMENTA SEUS FILHOS – Atormentar é coisa dos demônios e espíritos imundos. O evangelista Lucas nos revela isto: “Grande multidão de povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom, vinham para ouvir a Jesus, e serem curados das suas enfermidades, e também os atormentados de espíritos imundos, e eram curados” (Lc. 6:17-18). Pedro seguiu os passos de Jesus curando e libertando: “E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais todos eram curados” (At. 5:16). Pois é de pasmar. Jeová colocou no rei Saul um espírito maligno, que o atormentava: “E o Espírito de Jeová se retirou de Saul, e o assombra um espírito maligno da parte de Jeová” (I Sm. 16:14). Os protetores de Jeová, para protegê-lo, mudaram a expressão: “O ATORMENTAVA UM ESPÍRITO MALIGNO DA PARTE DE JEOVÁ” para “O ASSOMBRAVA UM ESPÍRITO MAU”. O fato é que Jeová confessa que atormenta seu povo, pois seu nome é Jeová Jirê, que quer dizer Jeová proverá. Ele disse: “Então eu também vos farei isto: Porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que consumam os olhos e atormentem a alma; e semeareis a vossa semente, e os vossos inimigos a comerão” (Lv. 26:16). Como pode um deus que declara que o seu nome é santo, agir como os demônios imundos, ao atormentar como eles?
JEOVÁ ASSOLA – Jeová declara que criou o assolador para destruir (Is. 54:16). Depois declara que ele é que fere e assola por causa do pecado (Mq. 6:13). Para se vingar de Israel, ele diz: “E porei as vossas cidades por deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave, e assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morem, e vos espalharei entre as nações, e desembainharei a minha espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv. 26:31-33). “E os vossos rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, e assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos; eu, Jeová, o disse” (Ez. 30:12). Jeová declarou a Abraão que é o Todo-poderoso — El Shaday. O Todo-poderoso é exatamente o rei dos assoladores. É o profeta Isaías quem o diz: “Uivai porque o dia de Jeová está perto; vem do Todo-poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher parturiente; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes. Eis que o dia de Jeová vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela” (Is. 13:6-9).
O santo de Israel, Jeová, o Altíssimo, tem como função assolar os moradores da terra? É isso a sua santidade? Se é, é falsa, pois a verdadeira santidade perdoa, ama, serve, cura, guia, ensina, enfim, age como Jesus agiu (Hb. 2:9-11).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira