sábado, 12 de dezembro de 2009

Meu Pai, agricultor.

Eu estava tentando ficar quieto, dando sossego ao meu corpo e mente, e, sobretudo ao meu espírito [...]; e fazia isto assentado num desses bancos de madeira [...], comuns em praça velha, coberto por uma “capela” de bambuzinhos que se derramam sobre o banco cansado de guerra, mas que me dá o maior aconchego [...].
Ora, dali [...] olhando o resto do quintal/jardim/casa/destelhada... [nosso quintal: onde se tem tudo de uma casa, mas ao ar livre...], com os três laguinhos que aqui fiz para minha diversão e prazer [lazer de alguns lindos sábados]; e olhando mais um monte de outras coisinhas [...], como uma casa/cacimba/amazônica, toda de madeira, com cara de velha [...]; ou um batistério de arquitetura com o estilo dos Essênios, conforme se vê em Qunram, no Mar Morto [...]; tudo feito por nós mesmos, usando material velho jogado fora aqui nas ruas do Lago Norte...
Amo ficar ao ar livre o dia todo, em nosso quintal/casa...
Além de tudo isso ainda há a impressão que causa a enorme quantidade de plantas e árvores [maiores e menores de tipo e naturezas bem distintas] — o que atrai uma passarada maravilhosa; de nobres “alma de gatos”, “bem-te-vis”, “sabiás laranjeiras” [...] a uma grande quantidade de outros mais de 15 tipos [...], sem falar nos periquitos, que nesta época abundam [...].
Portanto, enquanto via tudo isto [...] e ouvia o ruído meigo da maquina com a qual o Jove estava cortando a grama, com o subseqüente aroma que sobe de mato cortado à espera do rastelo [...], dei-me conta de que as nossas videiras estão lindas, cheias, carregadinhas de pequenos cachos; e produzindo uma bela sombra sob suas galhadas e ramagens [...] trepadas sobre a estrutura que as ampara...
Logo outra vez Aquela Voz...
“Eu sou a Videira Verdadeira e meu é o Agricultor; todo ramo que estando em mim não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda”.
Então lembrei como de todas as árvores que já cuidei na vida, nenhuma dá e demanda mais cuidado e carinho que a videira...
Para se amar uma videira tem-se que ter um amor que ama sem pena; com amor mesmo; visando a vida; e nunca a aparência...
Sim, pois pelo menos duas vezes ao ano, por vezes até três..., você tem que amar a videira, no auge de sua folhagem, tendo a coragem de podá-la toda, tirando ramo a ramo, folha a folha, deixando apenas os ramos que frutificam; e cortando os que não dão fruto..., mas que ainda assim existem na videira...
Os que dão fruto ficam na videira...
Os que não dão fruto o Jove joga num circulo de pedras que temos justamente para fazer fogueira e queimar galhos velhos no inverno...
O Agricultor, porém, tem que amar com amor mesmo; e não com mágicas amorosas...
Se Ele ama a Videira Ele tem que limpa-la, cortar pedaços dela; ou seja: o Agricultor tem que nela exercer a poda... Sempre... Todos os anos... Mais de uma vez cada ano...
O Agricultor também limpa em volta da videira... Cava o solo... Afofa o chão... E aduba ao redor, mas não tão próximo ao pé da Videira, que é para não alterar a qualidade harmônica e orgânica da terra... Assim, o Agricultor não põe o reforço no pé da Videira, mas no chão da terra [...] mais distante um pouco... Assim, o Agricultor põe o adubo de modo a que a Videira ponha suas raízes mais distantes [...] e sugue seus melhores nutrientes sem traumas para o caule...
Dói amar a videira quando é o tempo da poda [...]. Mas quem não a poda não a ama [...].
Vendo o Agricultor amar a Videira aprende-se que o amor tudo sofre, tudo espera e tudo suporta; e que o amor jamais acaba...
O Agricultor não pode amar com romance a Videira, buscando apenas os Seus próprios interesses e prazeres carinhosos... Não!... Ele faz o que tem de ser feito para que a Videira dê mais fruto ainda...
A relação do Agricultor com a Videira/Jesus/Discípulos/Humanidade [...] segue a lógica do amor que vejo no meu amor pelas minhas videirinhas; o que me põe no caminho do amor que corta, poda e limpa... — que é o Caminho do Deus Agricultor com o Cristo/Igreja/Humanidade...
Nunca nos esqueçamos que se na Parábola do Joio no Campo de Trigo, o campo é o mundo... — então, não se deveria pensar que o ambiente no qual a Videira esteja plantada seja outro além do chão do mundo; o que faz com que a Videira seja [...] numa relação intima e consciente [...] aquela que se confessa no vínculo Jesus/Discípulo/Humanidade; e na relação mais ampla, segundo a Ordem de Melquizedeque, a Videira é Cristo/Igreja/Humanidade...
Assim, tanto na perspectiva existencial quanto na coletiva, tem-se que Jesus/Cristo, como Videira, une Seu destino ao destino de Seus ramos; e se submete ao Pai no trato Dele para com todos os ramos, sejam eles os que conhecem a Jesus pelo nome, sejam aqueles que estão incluídos no Cristo/Videira, ainda que nunca tenham ouvido o nome Jesus com os ouvidos carnais...
Assim, vejo não somente a vida pessoal ou a existência comunitária que professa a fé com consciência de Jesus como sendo os únicos ramos da Videira, mas também toda a Humanidade/Ramo/Igreja, segundo a Ordem de Melquizedeque.
Desse modo, em meu olhar, cada acontecimento humano, seja individual ou coletivo ou até global, está carregado do amor do Agricultor que corta, limpa, poda e queima...
No Apocalipse se vê que o Cordeiro [a categoria redentora da descrição do Filho mais ampla existente nas Escrituras...] como sendo Aquele que vindima a Terra... Aliás, a linguagem do Apocalipse está carregada da idéia do trato do Agricultor em relação à Humanidade... Todas as etapas da relação do Agricultor com a Videira estão descritos no Apocalipse; a semeadura, a vindima, a poda, o lagar, o vinho... — porém, em associação à Humanidade...
Estamos nos aproximando de uma dessas Eras de Poda que o Agricultor exerce de tempo em tempo; e com mais aparência de gravidade tanto mais quanto do Fim nos aproximemos...
No tempo do Amor que Poda a única garantia para o ramo terá sido e é a sua permanência intrínseca e intima da Videira.
O Agricultor corta da Videira aquilo que é da Videira, embora tenha se tornado um pedaço dela que não se nutre Dela em essência...
O que se aprende também nessa imagem da Videira é que o amor do Agricultor é pela Videira antes de ser pelos ramos...
Ora, com isto também aprendemos que a única Humanidade que interessa ao Agricultor é aquela que se torna semelhante ao Filho do Homem!
A Meta de tudo é que a Humanidade seja a perfeita semelhança do Filho do Homem...
Assim, para o Pai, a Humanidade tem que ser como o Filho; do contrário, não é humana...
No Fim o Agricultor não soma e nem conta os ramos que se perderam, mas a Videira [...] cheia e linda; feita de todos os homens que se mantiveram firmes na única Videira...
Desse modo se pode dizer que o Agricultor pratica no curso da História exatamente a mesma coisa que Ele pratica na Natureza como um todo: seleção natural...; pois, não é Ele quem arranca sem razão [...], mas apenas corta aquilo que não se mantém no fluxo da seiva da vida...
Portanto, muitos são chamados, mas poucos os escolhidos; e, estranhamente, os escolhidos são os que permanecem na sua vocação, que é existir da seiva da Videira.

Na Videira e em nome do Agricultor,

Caio
27 de novembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SOCIOPATIA CRISTÃ

Psicopatia é um termo que designa disfunções psíquicas em geral, especialmente relacionadas à neurose, psicose e paranóia, ainda que na Psicanálise o termo faça referencia mais especifica às perversões do comportamento sexual e afetivo; daí tais indivíduos serem também chamados de sociopatas.
Paulo diz a Timóteo na segunda carta que a ele escreveu que nos “últimos dias” os homens seriam sociopatas, cada vez em maior escala de sociopatia...
Ora, o que Paulo chama de o homem do fim é um ser em estado de sociopatia, pois, diz ele: serão egoístas, arrogantes, avarentos, enfatuados, arrogantes, irreverentes, implacáveis, desafeiçoados, sem afeição natural, sem domínio de si mesmos, antes amigos dos prazeres e dos caprichos pessoais do que amigos de Deus e do próximo; e isto tudo enquanto se manteriam com cara de piedade e religiosos, embora negassem Deus e Seu poder [...] pelo modo como se comportariam — ou seja: possuídos de sórdida ganância, fazendo comercio da fé e da boa e simples vontade dos homens, enquanto seriam extremamente sedutores, ao ponto de fazerem cativas deles mulheres carentes, e, portanto, vivendo sob o domínio das paixões da alma em descontrole e pânico de não haver amor na vida...
Ora, isto tudo Paulo diz que aconteceria dentro do grupo chamado igreja; sendo, portanto, uma advertência aos cristãos, aos discípulos; posto que Paulo tivesse certeza [dada a ele pelo Espírito Santo] que nos “últimos dias” as coisas seriam assim entre “os irmanos”...
A mim parece que faltam vários sinais a se cumprirem no mundo antes da volta do Senhor! Todavia, se há um sinal que já não necessita de maiores cumprimentos é esse que revela o estado sociopata dos cristãos e do que eles convencionaram continuar a chamar “igreja” [...] — quando a recomendação de Paulo é simples: “Foge também destes!”...
Nesse sentido o Cristianismo já o sinal do fim mais estabelecido que vejo diante de mim; pois, o que Paulo cria que haveria ainda de acontecer [...] entre nós se tornou fato simples do cotidiano...
A iniqüidade se multiplicou tanto que o amor já se esfriou em quase todos!...
Então surgiu o tempo da sociopatia fraterna; ou melhor: fratricídio...
Sim, surgiu o nosso tempo...
Ora, nesse tempo a Carta seria outro, a fim de agradar aos paladares dos cristãos e seus líderes atuais...
Leia: CARTA DE UM APÓSTOLO A SEU BISPO

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Nele, que nunca nos deixou sem aviso,

Caio
10 de dezembro de 2009
Lago Norte
Brasília

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CAMINHOS DE JEOVÁ

CAMINHOS DE JEOVÁ



“Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Jeová tem muitos caminhos. Um deles é o deserto: “Derrama o desprezo sobre os príncipes, e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho” (Sl. 107:40). Por que no deserto não há caminho? Porque o vento move a areia e apaga as marcas dos pés, e um caminho é uma trilha que une dois lugares. Sem a trilha não se chega a lugar nenhum. Então porque Jeová levou o seu povo ao deserto? Porque não os levaria a nenhum lugar. O plano era matá-los no deserto. No mesmo salmo lemos: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade onde habitassem” (Sl. 107:4). Jó acrescenta algo mais sobre o assunto: “Tira o coração aos chefes das gentes da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho” (Jó 12:24). O povo de Israel andou errante e desgarrado quarenta anos, mas Jeová os guiava: “Assim partiram de Sucote, e acamparam em Etã, à entrada do deserto. E Jeová ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Ex. 13:20-22). Já imaginaram Jeová matando no deserto oitenta a cem pessoas por dia durante quarenta anos? Foi ele que os condenou à morte nesses quarenta anos (Nm. 14:27-35). Este foi o caminho de Jeová no deserto. Caminho da morte.
O segundo caminho de Jeová é o mar. Ele disse: “Pelo mar foi o teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram. Guiaste o teu povo como a um rebanho, pela mão de Moisés e Arão” (Sl. 77:19). É claro que o caminho a que Jeová se refere é a passagem pelo mar Vermelho, quando a mar se abriu e Israel passou a pé enxuto; e quando os exércitos de Faraó os seguiram, o mar se fechou e destruiu os carros de Faraó, matando os cavalos e os cavaleiros (Ex. 14:27-31). O apóstolo Paulo se refere a este episódio dramático com as seguintes palavras: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados na nuvem e no mar” (I Co. 10:1-2). Batismo, no grego, se traduz por imersão. Os egípcios foram batizados na nuvem e no mar, pois foram imersos nas águas do mar Vermelho, e morreram todos. O povo de Israel passou a pé enxuto, logo não foi batizado e por isso não morreram. Jeová, no seu batismo os salvou, para matá-los no deserto durante os quarenta anos. Na epístola de Judas, lemos: “Mas quero lembrar-vos, como a quem uma vez já soube isto, que havendo Jeová salvo um povo, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5). O batismo de Jeová é caminho da morte e condenação (Is. 43:16-17).
O terceiro caminho de Jeová é o caminho da repreensão: “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv. 6:23). Mas está escrito que a vara é para as costas do tolo (Pv. 26:3; 10:13), isto é, a vara não resolve. Jeová declarou o seguinte: “Retive a chuva no campo, e andaram vagabundos de cidade em cidade; e contudo não vos convertestes a mim. Feri-vos com queimadura e ferrugem. As vossas hortas, as vossas vinhas, as vossas figueiras, as vossas oliveiras, foram comidas pela locusta; contudo não vos convertestes a mim, diz Jeová. Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito, os vossos mancebos matei à espada, os vossos cavalos deixei levar presos, o fedor dos vossos exércitos fiz subir aos vossos narizes; contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová. Subverti alguns dentre vós, como deus subverteu Sodoma e Gomorra, contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová” (Am. 4:7-11). Logo a frente, Jeová vocifera dizendo: “Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então Jeová me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; daqui por diante nunca mais passarei por ele” (Am. 8:2). Está provado que repreensão e vara não resolvem. Um cão que apanha muito, fica vira-lata.
Jeová tem o seu caminho na tormenta: “Jeová toma vingança e é cheio de furor” (Na. 1:2). Vejamos o que fazem as tormentas de Jeová: “Eis que Jeová mandará um homem valente e poderoso; como uma queda de saraiva, uma tormenta e destruição, e como uma tempestade de impetuosas águas que transbordam, violentamente a derrubará por terra a coroa de soberba dos bêbados de Efraim” (Is. 28:2-3). “Eis que saiu com indignação a tempestade de Jeová; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira de Jeová, até que execute e cumpra os pensamentos do seu coração” (Jr. 23:19-20). “Porque Jeová tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada, diz Jeová. Assim diz Jeová dos exércitos. Eis que o mal sairá de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra. E serão os mortos de Jeová, naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra extremidade da terra. Não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados, mas serão como estrume sobre a face da terra” (Jr. 25:31-33). É difícil crer que Jeová é refúgio contra a tormenta (Is. 25:4). E Jeová tem outros caminhos, mas todos levam à morte.
Davi, o inocente, declarou que o caminho de Jeová é perfeito (Sl. 18:30). Trovões, terremotos, tufões de vento, tempestade, granizo, labareda de fogo consumidor, nunca foi caminho perfeito (Is. 29:6).

Deus, o Pai, estabeleceu um caminho perfeito, que une céus e terra, que acalma as tormentas e tempestades (Mt. 8:23-27). Jesus não tem caminhos neste mundo; Jesus é o caminho. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

EU, PORÉM, VOS DIGO


EU, PORÉM, VOS DIGO



“Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Eu sempre pensei que Deus só tem um caminho, pois Jesus declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6). Se Jesus é o caminho por onde se vai a Deus, não havia caminho antes do Cristo encarnado. É fácil provar. Por exemplo: no Velho Testamento Jeová deu a lei olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe (Ex. 21:24-25). O texto de Jeová é claro: Quando um arrancasse o olho do outro, ou com um soco quebrasse o dente do outro, os juizes prendiam o que quebrou o dente ou arrancou o olho, e o queixoso, na praça pública lhe arrancava o olho, e lhe quebrava o dente com um soco. De igual modo seriam cobradas as outras violências descritas no texto acima. Jesus, quando veio, mudou a lei dizendo: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt. 5:38-41). Ora, se Cristo estivesse com Moisés, teria dado este mandamento, e não o que Jeová deu; logo Jesus não estava no Velho Testamento, e não era Jeová como dizem os teólogos.
Jesus disse também: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos a Jeová. Eu, porem, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porem, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt. 5:33-37). Ora, se estivesse lá no monte Sinai dando a lei ao povo, não ordenaria o juramento, como Jeová fez, dizendo: “A Jeová teu deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt. 6:13). E o profeta Isaías disse: “De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no deus da verdade; e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus da verdade” (Is. 65:16).
Ora, se Jesus Cristo estivesse no Velho Testamento, isto é, se ele fosse Jeová, não teria ordenado o juramento; e se Espírito de Cristo estivesse em Jeová, este não teria mandado o povo jurar pelo seu nome (Lv. 19:12; Dt. 10:20; Is. 45:23). Concluímos que Jesus Cristo nunca esteve no Velho Testamento em pessoa, logo não é Jeová.

E disse mais Jesus: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porem, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério” (Mt.5:27- 28). Esse termo, EU, PORÉM, VOS DIGO, revela que Jesus pensa diferente do que está no Velho Testamento. Em outras palavras, Jesus diria: A minha linha de conduta é outra, ou, o meu nível está acima daquele. Quanto ao adultério, na lei, Jeová fala claro: “Quando um homem for achado deitado com mulher casada com outro, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher. Assim tirarás o mal de Israel” (Dt. 22:22). O adultério só era configurado quando eram pegos em flagrante (Jo. 8:1-3). Na lei não era considerada a intenção que leva ao ato. Jesus abordou o desejo antecipado, isto é, a cobiça do coração lascivo. Alias, Jeová aprovava a cobiça com respeito a mulheres não israelitas (Dt. 21:10-14). Para Jesus, qualquer que cobiçar com os olhos, já no coração cometeu adultério; e acrescenta: “Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um de teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt.5:29-30). É obvio que Jesus não estava no monte com Moisés, pois se estivesse daria o seu conceito, e não o conceito de Jeová. Jesus nunca foi Jeová.
Por ultimo, Jesus falou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerá o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt. 5:43-45).
Por que Jeová mandou amar o próximo e aborrecer o inimigo? Aborrecer é também odiar! Jeová mandou aborrecer porque ele aborrece: “Jeová aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (Sl. 5:6). “Jeová prova o justo, mas a sua lama aborrece o ímpio e o que ama a violência” (Sl. 11:5). Como Jeová aborrece os ímpios, ordena a seus servos que também aborreçam. Jeová aborreceu até o seu próprio povo, porque pecou, adorando outros deuses: “Pois lhe provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura. Jeová ouviu isto e se indignou, e sobremodo aborreceu a Israel. Pelo que desamparou o tabernáculo em Silo, a tenda que estabelecera como sua morada entre os homens. E deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo. E entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança. Aos seus mancebos consumiu-os o fogo. E as suas donzelas não tiveram festa nupcial” (Sl. 78:58-63). Veja o que Jeová fez aos que aborreceu. Que ódio! Pois Davi, o amado de Jeová, aprendeu a aborrecer nessa escola. Davi mesmo confessa isso, achando glorioso aborrecer: “Não aborreço eu, ó Jeová, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Sl. 139:21-22). O mau exemplo de Jeová não faz parte do currículo de Jesus, que assim falou: Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: E deu aos discípulos uma nova cartilha de amor, para que fossem filhos do Deus Pai (Mt. 5:43-48).

Referindo-se aos estatutos dados por Jeová, Jesus disse: Ouvistes o que foi dito. E em seguida diz: Eu, porém, vos digo. Assim Jesus reprovou os estatutos de Jeová, e estabeleceu outros perfeitos. Fica provado que o que Jeová ordenou, não é o que Jesus ordena, e assim fica provado que Jeová não é Jesus, pois Jesus jamais poderia ordenar leis e estatutos contrários; pois dessa forma cairia no ridículo.

Paulo declara: “Se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo” (II Tm. 2:13). E outra vez: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb. 13:8).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

O DEUS INJUSTO

DEUS INJUSTO



Diz a Escritura sagrada que Jeová é deus misericordioso e piedoso. Diz isso por boca de Moisés, seu fiel servo: “Passando pois Jeová perante a sua face, clamou: Jeová, o senhor, deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade” (Ex. 34:6). E disse mais Moisés: “Saberás pois que Jeová teu deus é deus, o deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt. 7:9).

Como Jeová é misericordioso, sua herança é eterna. Ele deu a Abraão e à sua descendência a terra de Canaã, dizendo: “Eu estabelecerei o meu concerto entre mim e à tua semente depois de ti, em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por deus, e à tua semente” (Gn. 17:8). Quatrocentos anos mais tarde, pela mão de Moisés, libertou o povo de Israel do Egito, e os levou ao monte Sinai, para estabelecer o concerto da lei. Enquanto Moisés estava com Jeová no monte, o povo se corrompeu em baixo. Jeová, ofendido e cheio de furor intentou destruí-los. Moisés suplicou a Jeová que não destruísse seu povo, e recordou a Jeová a promessa feita a Abrão (Ex. 32:10-14). Convencido por Moisés, Jeová se arrependeu. Até o deus Jeová quando fala sem refletir, é obrigado a se arrepender.

Mas Jeová é misericordioso e dá herança até aos infiéis. Por exemplo: Os moabitas e amonitas eram dois povos de origem incestuosa. Moabe, pai dos moabitas, nasceu do incesto da filha mais velha de Ló, com o próprio pai (Gn. 19:31-33). Os amonitas são os filhos de Amon, que surgiram de Benami, filho da irmã mais nova, também por cópula incestuosa com Ló, seu pai (Gn. 19:34-38). Além disso, os moabitas, com medo dos israelitas, acampados nas colinas de Moabe, tentaram alugar Balaão para amaldiçoar Israel (Nm. 22:5-6). Antes disso, quando Israel saiu do Egito, e pediu passagem pela terras dos moabitas e amonitas, estes não permitiram. Na realidade, apesar da maldição dos maobitas e amonitas, Jeová tinha dado ordem a Israel, dizendo: “Não molestes a Moabe e não entres em peleja com eles, porque te não darei herança da sua terra; porquanto tenho dado Ar aos filhos de Ló por herança” (Dt. 2:9). Eram povos corruptos e abomináveis a Jeová, mas em consideração a Ló, deu-lhes herança (Nm. 25:1-3; Dt. 2:17-19).
Israel pediu passagem para os edomitas, no caminho para Canaã, mas estes também não permitiram, e ameaçaram pegar em armas (Nm. 20:14, 18). Os edomitas são descendentes de Esaú, irmão de Jacó. Ambos são filhos de Isaque. Esaú é o mesmo Edom (vermelho) (Gn. 25:30). Esaú era fornicário e profano. Na carta aos Hebreus, lemos: “E ninguém seja fornicário, ou profano, como Esaú, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento; ainda que com lágrimas o buscou” (Hb.12:16-17). Por que Esaú é chamado de fornicário? Porque casou com mulheres hetéias, e tão perversas, que foram uma amargura de espírito para Rebeca (Gn. 26:34-35). Rebeca até desesperou da vida por causa dessas mulheres (Gn. 27:46). Pois Jeová, o piedoso e misericordioso, deu herança a Edom (Gn. 25:30). Jeová disse: “Dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e eles terão medo de vós, porém guardai-vos bem. Não vos entremetais com eles, porque não vos darei da sua terra, nem ainda a pisada da planta de um pé; portanto a Esaú dei a montanha de Seir por herança” (Dt. 2:4-5). Jeová foi misericordioso e piedoso com Esaú.
Jacó teve doze filhos, que formaram as doze tribos de Israel. Os primeiros quatro filhos de Léia são: Rubem, Simeão, Levi e Judá (Gn. 29:32-35). Faremos um resumo da vida destes quatro filhos de Léia e Jacó: Judá tinha três filhos. Para Er, seu filho primogênito, Judá tomou a Tamar por esposa. Mas Er era mau, pelo que Jeová o matou. Judá então disse a Onã: Casa-te com a mulher do teu irmão, e suscita semente a teu irmão. Onã, porém, se negou a suscitar semente ao irmão morto, e o que fazia era mau aos olhos de Jeová, pelo que o matou. Selá, o mais novo, era muito jovem, e Judá se omitiu de fazê-lo casar-se com Tamar. O tempo passava, e Tamar vestiu-se com trajes de prostituta, e sentou-se à beira do caminho. Judá passou pelo caminho, viu-a com o véu, e pensando ser uma prostituta, deitou-se com a sua nora, e ela concebeu. Judá era um indivíduo lascivo e prostituído. Mas Jeová, o piedoso, lhe deu herança eterna em Canaã (Js. 15:1-12). Essa história imoral está em Gn. 38:1-19.
A história de Simeão e Levi é diferente. Sua irmã Diná, curiosa, saiu a passear para conhecer as moças da terra. Siquém, filho de Hamor, heveu, viu-a, e se deitou com ela. E Siquém amou-a, e foi com seu pai falar com Jacó para fazer o casamento. Jacó exigiu a circuncisão. Eles aceitaram inclusive unir os clãs. Todos os varões foram circuncidados. Ao terceiro dia, quando a dor era mais forte, Simeão e Levi, entraram afoitamente na cidade, e mataram a todos os varões. Assassinaram friamente aqueles que creram na fé do seu pai. Mas Jeová, o misericordioso, lhes deu herança (Js. 19:1-9). Levi herdou com Judá, por formar a tribo dos levitas, que ministravam no tempo.

Rubem, o primogênito de Jacó, e a força de Jacó, seduziu a mulher de seu pai, e praticou incesto (Gn. 35:22). Jacó, seu pai, soube-o, e na hora da morte recriminou-o (Gn. 49:3-4). Por esse ato vergonhoso, Rubem perdeu a primogenitura, que passou para os filhos de José: Efraim e Manassés (I Cr. 5:1). Mas Jeová lhe deu herança na terra (Js. 13:15-23).

Mas, o varão que não teve herança na terra de Jeová, não foi incestuoso, não foi criminoso como Simeão e Levi, não foi profano e fornicário como Esaú, não foi adversário de Israel como os moabitas e amonitas; mas foi o mais manso (Nm. 12:3), foi o maior profeta (Dt. 34:10). Foi o mais íntimo de Jeová, e o mais fiel (Nm. 12:6-8). Quando desceu do monte seu rosto brilhava tanto que os filhos de Israel não o podiam fitá-lo (Ex. 34:29-30).

Pois Moisés não teve herança, tal era a consideração que Jeová teve com Moisés (Dt. 34:1-5). Este é Jeová, o piedoso ...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O SANTO DE ISRAEL

O SANTO DE ISRAEL - I


“Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é SANTO: Num alto e santo lugar habito, e também com o abatido e contrito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” (Is. 57:15). Jeová é tão sublime que o salmista diz: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl. 46:1). Davi declara: “Dá-nos auxílio para sairmos da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem” (Sl. 108:12).

Os oprimidos deste mundo, os pobres e famintos, mesmo não conhecendo, clamam a Deus. No momento do desespero, os lábios se abrem, dizendo: Deus, ajuda-me. No momento final, quando não há mais esperança, os olhos se elevam para o céu.

Salomão disse: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi” (Ec. 3:15). Como Jeová declara que não muda, em Ml. 3:6. Assim o que ele fez no passado, vai fazer no futuro.

Jeová criou um povo para sua glória, povo que era chamado pelo seu nome (Is. 43:7). Jeová declara amor eterno pelo seu povo (Jr. 31:3). Declara em Dt. 14:1 que são seus filhos. Vejamos o tratamento que dá a seus filhos amados:

JEOVÁ AFLIGE OS SEUS FILHOS - O texto bíblico diz: “Então dirá à geração vindoura, os vossos filhos que se levantarem depois de vós, e o estranho que virá de terras remotas, vendo as pragas desta terra, e as suas doenças, com que Jeová a terá afligido, e toda a sua terra abrasada com enxofre e sal, de sorte que não será semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva alguma, assim como foi a destruição de Sodoma e de Gomorra, de Admá e de Zeboim, que Jeová destruiu na sua ira e no seu furor; e todas as nações dirão: Por que fez Jeová assim a esta terra? Qual a causa do furor e desta tão grande ira? Então se dirá: Porquanto deixaram o concerto de Jeová” (Dt. 29:22-25). Pode um pai santo e puro tratar seus filhos com tão grande furor, a ponto de destruí-los a fogo, pragas e maldições, até que se acabem de todo? Se santidade é isso, não produz amor e misericórdia, mas ódio mortal e vingativo.
JEOVÁ TIRANIZA OS SEUS FILHOS SEM PIEDADE - O profeta Ezequiel diz: “vivo eu, diz Jeová Deus, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós” (Ez. 20:33). No segundo livro de Crônicas de Israel está escrito a respeito do reinado de Roboão, filho de Salomão: “Vendo, pois, Jeová, que se humilharam, veio a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve, lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor se não derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque. PorÉm serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra” (II Cr. 12:7-8). Faz parte do governo de Jeová entregar o seu povo na mão dos maus. “E os rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos; Eu, Jeová, o disse” (Ez. 30:12). Este tipo de comportamento é incompatível com a santidade, pois santidade é o mais alto grau de virtude, e Jeová trata os seus filhos despoticamente.
JEOVÁ ATORMENTA SEUS FILHOS – Atormentar é coisa dos demônios e espíritos imundos. O evangelista Lucas nos revela isto: “Grande multidão de povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom, vinham para ouvir a Jesus, e serem curados das suas enfermidades, e também os atormentados de espíritos imundos, e eram curados” (Lc. 6:17-18). Pedro seguiu os passos de Jesus curando e libertando: “E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais todos eram curados” (At. 5:16). Pois é de pasmar. Jeová colocou no rei Saul um espírito maligno, que o atormentava: “E o Espírito de Jeová se retirou de Saul, e o assombra um espírito maligno da parte de Jeová” (I Sm. 16:14). Os protetores de Jeová, para protegê-lo, mudaram a expressão: “O ATORMENTAVA UM ESPÍRITO MALIGNO DA PARTE DE JEOVÁ” para “O ASSOMBRAVA UM ESPÍRITO MAU”. O fato é que Jeová confessa que atormenta seu povo, pois seu nome é Jeová Jirê, que quer dizer Jeová proverá. Ele disse: “Então eu também vos farei isto: Porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que consumam os olhos e atormentem a alma; e semeareis a vossa semente, e os vossos inimigos a comerão” (Lv. 26:16). Como pode um deus que declara que o seu nome é santo, agir como os demônios imundos, ao atormentar como eles?
JEOVÁ ASSOLA – Jeová declara que criou o assolador para destruir (Is. 54:16). Depois declara que ele é que fere e assola por causa do pecado (Mq. 6:13). Para se vingar de Israel, ele diz: “E porei as vossas cidades por deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave, e assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morem, e vos espalharei entre as nações, e desembainharei a minha espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv. 26:31-33). “E os vossos rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, e assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos; eu, Jeová, o disse” (Ez. 30:12). Jeová declarou a Abraão que é o Todo-poderoso — El Shaday. O Todo-poderoso é exatamente o rei dos assoladores. É o profeta Isaías quem o diz: “Uivai porque o dia de Jeová está perto; vem do Todo-poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher parturiente; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes. Eis que o dia de Jeová vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela” (Is. 13:6-9).
O santo de Israel, Jeová, o Altíssimo, tem como função assolar os moradores da terra? É isso a sua santidade? Se é, é falsa, pois a verdadeira santidade perdoa, ama, serve, cura, guia, ensina, enfim, age como Jesus agiu (Hb. 2:9-11).



Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

sábado, 28 de novembro de 2009

Cristianismo maniqueísta

MANIQUEÍSMO

Segundo o Maniqueísmo, o Universo foi criado e é dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, e o mal absoluto ou o Diabo. Ou seja, essa doutrina se funda em princípios opostos, bem e mal.

Denomina-se maniqueísmo a doutrina religiosa pregada por Maniqueu -- também chamado Mani ou Manes -- na Pérsia, no século III da era cristã. Sua principal característica é a concepção dualista do mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal.

O Maniqueísmo chegou a ser uma religião específica num determinado espaço e tempo. Mas seu conceito em si, de que o Universo está em eterna oposição de dois princípios primários que seriam o Bem ou o Mal, sempre foi amplamente difundido em todos os tempos com maior ou menor grau de intensidade. E principalmente hoje em dia pensamentos Maniqueístas permeiam todas as religiões Monoteístas ocidentais, principalmente a religião cristã, seja ela católica, evangélica etc., sendo aceitos pela maioria da população mundial.
Não é só nas religiões. A concepção de uma eterna luta entre o Bem e o Mal está presente na maioria ESMAGADORA de nossos mitos, estórias, contos infantis, seriados de TV, filmes, revistas em quadrinhos, videogames e etc. Ligando-se a Televisão em qualquer horário infantil podemos ver que as crianças aprendem desde cedo a dividir a realidade entre o Bem e o Mal, assim como na maioria de nossos mitos modernos. Ou seja, desde Guerra nas Estrelas onde há a oposição entre os lados Luminoso e o Escuro da Força, até qualquer desenhinho do Digimon, Pokemon, He-man e etc.
Aprendemos desde pequenos que devemos ser do Bem e que o Mal deve ser combatido, e que podemos escolher livremente o caminho do Bem ou o caminho do Mal. Acreditamos também até certa fase da vida, que o caminho do Mal inevitavelmente nos levará a um fim trágico, o que me fazia pensar em por quê os vilões das histórias nunca sabiam disso até serem derrotados no final.
Nossas estorinhas infantis ainda fazem mais, caracterizam personagens maus radicalmente de modo a serem sempre e absolutamente maus, e o mesmo se dá geralmente com os bons. Os motivos dos maus são sempre mesquinhos, eles não têm nenhuma razão, não merecem mais que piedade, só os bons são dignos de obterem os prêmios no final da história.
Quando atinge um mínimo de vivência, qualquer pessoa percebe que o mundo não é tão simples assim, descobre que esse tal Mal não é tão fácil de identificar, que geralmente não sabe se a maioria das pessoas é no fundo boa ou má, muitas vezes não consegue atribuir uma dessas qualidades extremas nem a si própria e no final acaba se rendendo ao fato de que todos parecem possuir um lado bom e um lado mau.
Mas esse dualismo persiste nem sempre apenas no inconsciente. Conheço pessoalmente pessoas "cultas", de nível superior, profissionais executivos, que vivem a diferenciar as pessoas como sendo do Bem ou do Mal com a facilidade de quem diferencia um Homem de uma Mulher.
Alguns religiosos, principalmente cristãos, ainda levam tudo ao extremo, de que toda uma categoria de coisas pode ser atribuída ao Mal, no caso as hostes de Satanás.
A dinâmica de "Nós”, os bons e “Eles", os maus, já foi amplamente estudada pela Psicologia. Trata-se da facilidade com que dois determinados grupos que se envolvam em algum tipo de competição por mais leve que seja, desenvolvem sentimentos de hostilidade completamente irracionais.
Em crianças isso é evidente, em certas torcidas de futebol também. O interessante é que ninguém consegue identificar nenhuma diferença significativa clara entre um grupo e outro. Diferente do que ser Capitalista ou Socialista, qual é a diferença substancial entre torcer pelo São Paulo ou pelo Corinthians?
Aqui entra o estigma Maniqueísta, vendo a vida unicamente sob o próprio ponto de vista específico, fica fácil reconhecer em si próprio como sendo do lado do Bem, afinal possuímos todo o conhecimento necessário para nos justificarmos e entendermos nossos problemas, e mais fácil ainda ver os outros como sendo do Mal, pois afinal as atitudes deles não têm justificativa, não conhecemos os elementos necessários para compreendê-los.
Todas as grandes movimentações destrutivas da história tinham como slogan o tradicinal "We Are Right" (“nós somos os certos").Note quer as primeiras letras da frase em inglês significa “guerra”. Os centuriões romanos "sabiam" que Roma era o progresso, o futuro e, portanto, o Bem. Os cavaleiros cristãos medievais tinham certeza de que lutavam por uma causa "Santa" e mesmo os soldados nazistas estavam convictos de que tinham uma nobre causa.
EM TODAS AS GUERRAS DA HISTÓRIA, JAMAIS UM LADO DEIXOU DE SE CONSIDERAR O CERTO.
Afinal os bárbaros antigos estavam para os romanos, tão Errados quanto os muçulmanos medievais para os cristãos da cruzada, ou os Judeus, Poloneses, Franceses e etc para os alemães, que evidentemente estavam Certos.
Substitua CERTO e ERRADO por BEM e MAL e o quadro fica claro.
Caminhamos há milênios, estigmatizando irracionalmente as facções que não compreendemos. Os espanhóis colonizadores precisavam acabar com o maligno paganismo nas Américas, e os nativos se defendiam dos "demônios" espanhóis que vestiam roupas reluzentes, montavam estranhos animais e tinham armas que cuspiam fogo. E mais recentemente mesmo sem ter absolutamente nenhuma idéia do que poderia de longe significar a Filosofia Marxista, muitos ocidentais não tinham dúvidas de que o Comunismo era inerentemente maligno.
Uma pessoa de mentalidade maniqueísta é facílima de ser manipulada, ele enxerga o mundo através de uma lente que só distingue Preto e Branco, se conformando com tons de cinza e se tornando insensível às infinitas cores da realidade. Essas pessoas não conseguem distinguir os eventos, pois uma vez que devem se encaixar nos rótulos de Bem e Mal, todo o demais conteúdo que poderia até ser aproveitado é então ignorado.
Foi estigmatizando os outros como maus, os errados, que certos grupos sociais conduziram massas à destruição e sofrimento, o maniqueísmo, não exatamente a religião de Mani, mas como uma forma simplificada de ver o mundo, é extremamente bitolante, pois ao aniquilar a possibilidade de um referencial mais amplo, não se tem outra escolha a não ser o apego ao seu País, o seu Partido, a sua Religião, a sua Família, a sua Pessoa, como sendo a Certa.
QUAL O PROBLEMA DO MANIQUEÍSMO?
A meu ver, é o de que ele força a uma visão de Universo simplesmente absurda, de que podemos separá-los em aspectos primordiais que não se harmonizam.
Por acaso o Frio seria mal? Quem não prefere viver a 25oC do que a 50oC?
Ou o Seco seria o Bem? Experimento um ambiente com mais de 99% de umidade.
Isso significa que tais conceitos são relativos, um não é absolutamente melhor que o outro, mas é exatamente isso que o Maniqueísmo tende a fazer com a visão de mundo das pessoas, estigmatizar os lados.
O MANIQUEÍSMO É TALVEZ O MAIOR DANO PSÍQUICO QUE AFLIGE A HUMANIDADE.
Se formos forçados a separar a realidade em aspectos duais benignos ou malignos, como classificaremos o Grande e o Pequeno, o Preto e o Branco, o Masculino e o Feminino? Quem será o Bem e quem será o Mal?
Durante mil anos a Igreja tinha a resposta a essa questão, o Feminino, a Matéria e o Prazer eram malignos e a Masculino, o Espiritual e a Dor eram aspectos do caminho para a divindade.
Essas máximas perduram até hoje, muito acreditam que as conquistas só têm valor se obtidas com sofrimento. Outros acham que o caminho das pedras necessariamente conduz ao Céu, outros que o Prazer só enfraquece e destrói o Ser Humano.
Numa concepção que considero muito mais lúcida vejo o Bem como a Harmonia e o Mal a desarmonia. E o mais interessante é que todas as religiões sabem disso, senão vejamos:
"Não firais aos outros com o que vos fere" – Budismo.
"Nenhum de vós sois um crente até devotar pelo próximo o amor que devota a vós mesmos" – Islamismo.
"Não façais aos outros o que se fosse feito a vós, vos causaria dor" – Hinduísmo.
"O que não queres que vos façam, não façais aos outros" – Judaísmo.
"Ame a teu próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas" – Cristianismo.
Ou seja, estão falando de União, de Harmonia entre as pessoas, de que elas reconheçam nas outras aquilo que há nelas e que convivam com suas naturais diferenças com respeito mútuo. Assim as dualidades ficam harmonizadas, esse é o verdadeiro BEM!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma Vergonha!!!









Sei que temos outros absurdos acontecendo, principalmente com seres humanos em outras partes do globo, vitimas da fome, doenças, o que é degradante para a sociedade como um todo. Temos que nos manifestar em todos os assuntos ligados a vida, sempre. Quem comete atrocidades com animais indefesos pode cometer contra a humanidade, sem dó nem piedade. Acredito que a biologia, a antropologia, e a sociedade atual tem que rever os conceitos de quem realmente são os animais, os golfinhos ou os homens!!



Dinamarca, uma vergonha

O mar se tinge de vermelho, entretanto não é devido aos efeitos climáticos da natureza.

Se deve a crueldade com que os seres humanos (ser civilizado) matam centenas dos famosos e inteligentíssimos.
Golfinhos Calderon.

Isso acontece ano após ano na Ilha Feroe na Dinamarca.
Deste massacre participam principalmente jovens
Por que?
Para demonstrar que estes mesmo jovens já chegaram a uma idade adulta, estão maduros

Em tal celebração, nada falta para a diversão
TODOS PARTICIPAM DE UMA MANEIRA OU DE OUTRA, matando ou vendo a crueldade “apoiando-a como espectador”.

Cabe mencionar que o golfinho calderon, como quase todas as outras espécies de golfinhos, se aproxima do homem unicamente para interagir e brincar em gesto de pura amizade.

Eles não morrem instantaneamente, são cortados uma ou duas vezes com ganchos grossos. Nesse momento os golfinhos produzem um som estridente bem parecido ao choro de um recém-nascido.

Mas sofre e nãp há compaixão até que este dócil ser se sangr lentamente e sofra com feridas enormes até perder a consciência e morrer no seu próprio sangue.


Finalmente estes heróis da ilha, agora são adultos racionais e direitos, já demonstraram sua maturidade.



Basta
Denuncie!!! copie as fotos, divulgue no seu blog... até que o mesmo chegue alguma associação de defesa dos animais, não leremos somente.
Isso nos transformaria em cúmplices, ESPECTADORES.



Cuide do mundo, ele é sua casa!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

HE AIN'T HEAVY, HE'S MY BROTHER

Essa musica é linda, só tem 40 anos. -Quantas vezes eu e também você, provavelmente, já ouvimos essa bela canção. Mas, como eu, você também, suponho, desconhecia a circunstância que a inspirou... Aí está... Tanto quanto a mim, espero que lhe seja do agrado. Leia o texto abaixo antes de ver o vídeo e a letra da música, que é linda! Para quem ainda não se sente desprendido o suficiente para agir como sugere a letra da música, vai um consolo: "Se você se emocionar, sentindo essa emoção dentro do seu coração, alegre-se:
A semente já está plantada, e a terra é fértil!" É sobre a entidade "Missão dos Orfãos", em Washington, DC. Foi lá que ficou eternizada a música "He ain't heavy, he is my brother" dos "The Hollies ". (você pode não estar lembrando da música, mas depois de ouvir, se lembrará do grande sucesso!)
A história conta que certa noite, em uma forte nevasca, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta. Ao abri-la ele se deparou com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas, um outro menino mais novo. A fome estampada no rosto , o frio e a miséria dos dois comoveram o padre. O sacerdote mandou-os entrar e exclamou : - Ele deve ser muito pesado. Ao que o que carregava disse: - Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain't heavy, he is my brother) Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua. O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la . E da frase fez-se o refrão . Esses dois meninos, foram adotados pela instituição. É algo inspirador... agora ouça e veja o anexo...!

ouça e veja o anexo...

domingo, 27 de setembro de 2009

Aos Crentes na dúvida sobre JESUS


Fico vendo o comportamento dos cristãos considerados cult, psicologicamente sensíveis...
Quem e como são?...
São necessariamente conflitados, recomendavelmente duvidosos, crentes em estado de permanente descrença; sem discernimento, mas muito críticos; evasivos quanto à eficácia do testemunho da Palavra pura e simples, embora cheio de opiniões negativas em relação a quem pregue sem angustia, conflito ou crise de fé; conhecedores teóricos das discussões da fé e dos dilemas teológicos, ainda que vivendo sem nenhum interesse prático/real no Evangelho que seja para além da informação e da discussão viciada...
Em geral são sempre descrentes de milagres [até nos da Bíblia], embora muito capazes de usá-los como alegorias ou lindas metáforas da vida...
Ou seja: quase sempre existindo como aquele que nem trepa e nem sai de cima; que nem chove e nem molha; que não é, mas não deixa de ser...
Ora, o que vejo é que estes, diferentemente dos falsos profetas e dos lobos, fazem seu próprio mal; posto que sejam mornos, sem intrepidez, sem disposição para além do discurso...
Portanto, sendo educados, parecem ganhar pela polidez de suas dúvidas o direito de existir em crise; sendo cavalheiros e finos, parecem poder caminhar em descrença aceitável; estando sempre em dúvida acerca de algo [...] mesmo assim continuam a discutir sobre o “tema Jesus”...
E, com isso..., se fazem passar por gente que duvida em razão de serem íntegros em relação à própria fé... Posto que sendo articulados, tornam seus conflitos elogiáveis, pois são ditos com benditas palavras psicológicas e filosóficas; e, sendo humanos no expressar seu sentir, ganham o direito de existir em dor, pois, sem dor de crise parece não existir real humanidade; tendo cultura, aparentemente dão aos demais crentes, menos instruídos, a sensação de que eles, os cult, os cultos, os sensíveis, são assim em razão de seu saber, da profundidade do seu sentir, e das angustias decorrentes de sua humanidade superior a dos demais...
Assim, estão e nunca são; dizem, mas jamais provam; pregam, e nunca aproveitam; sabem e não experimentam; poetizam, mas não amam para além das belas palavras; discutem a fé, e nunca a abraçam; falam de Deus, embora sempre em estado de dúvida devota...
Quando pastoreiam é antes de tudo em razão de suas próprias angustias...
Sendo assim [...] desconfiam de quem sendo humano não vive em angustia; de quem sendo pensante [...] não exista em dúvida; de quem crendo [...] busque viver conforme a fé; de quem confessando [...] não tema as implicações; de quem conhecendo a Deus [...] não se iniba quanto a afirmar...
Fico imaginando o que aconteceria, se tais deles, vivendo como discípulos de Jesus nos evangelhos, trouxessem tais devoções eternamente duvidosas a Jesus...
O que Jesus diria?...
Sim, se Ele disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno do reino de Deus [...] o que Ele diria a esses discípulos da dúvida?...
Ora, Ele não teve pudores jamais...
Aos Seus discípulos duvidosos Ele jamais disse que duvidar fosse parte de um processo normal de crenças [...], muito menos da fé...
Em Jesus não há elogios a duvida, mas tão somente à fé!
Não! Ele lhes pergunta: “Homens de pouca fé, por que duvidastes?”
Ante suas “impossibilidades” decorrentes da descrença..., Ele apenas disse: “Não pudestes expulsar o demônio por causa da pequenez da vossa fé!” E acrescentou: “Mas esta casta não sai senão por meio de jejum e oração”.
Sim, essa casta de crença sem fé, de fé que é apenas crença, e que se distrai discutindo a fé — de fato não sai senão mediante a sua quebra pela oração e pelo jejum.
Esta é a casta presente na maior parte dos pensadores da fé, mas que nunca se deixam pensar pela fé.
Sim, pois quem pensa a fé não é pensado pela fé...
Afinal, tal coisa somente acontece mediante a entrega em razão da confiança que faz a descrença morrer..., e que, ao mesmo tempo, introduz a pessoa no ambiente no qual “Deus não existe”, posto que em tal ambiente de fé não haja lugar para o Deus que existe, mas apenas para o Deus que É.
A descrença é relativa ao Deus que existe...
A fé decorre do Deus que É!
Portanto, brincar de crer sem crer é coisa de menino, e não de homem segundo o que Jesus considere um homem que anda mediante a fé, na alegria de não duvidar.
Leia os evangelhos e veja se Jesus acha legal viver sem as implicações de fazer da existência uma constante afirmação de fé...
Nos evangelhos você não encontrará este lugar..., embora encontre Jesus mostrando compaixão e amor também por esses, mas sem deixar de prosseguir em Seu caminho, vindo o candidato a discípulo após Ele ou não...

Nele, que não elogia a duvida como estado sadio de uma fé em crise permanente,

Caio

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ateus de Deus

“A minha mulher eu tenho para mostrar à igreja, às pessoas, e pra validar meu ministério. As outras mulheres eu tenho pra mim mesmo. Pra minha alegria. E eu vou levando... Meu ministério é grande!” — disse mais ou menos assim um pregador evangélico a uma amiga quebrada pela hipocrisia, e que pagou alto preço para botar a verdadeira cara para fora da sombra do engano e da hipocrisia.

É assim que as coisas estão para todo lado!

E quanto mais a pessoa se torna famosa ou dependente do “ministério” para viver, mais profundos vão ficando os disfarces; e como a fama dá à pessoa a drogada sensação de poder e de ter algumas saídas justificadas pela anomalia social de seu modo famoso e poderoso de existir, vai ficando pedrada, cauterizada e ateia em seu ser — embora viva do “ministério”.

Assim, mesmo pregando e falando de Deus, é ateia, mais ateia que os ateus, pois, se alimenta e vive de uma fala acerca de um Deus que para ela existe como função para os outros, posto que o próprio pregador já fala tanto em e de Deus, que ganhou méritos e concessões especiais, e, por tal razão, pode dizer como o jovem pregador cuja frase-confissão-de-fé mencionei acima.

Provavelmente não haja tantos ateus nos laboratórios de engenharia genética e de física quanto há atrás dos “púlpitos incendiados” de fogo de falso avivamento.

Ano passado uma cantora evangélica me contou que havia sido objeto de uma estranha abordagem por parte deste mesmo pregador. Depois uma outra cantora evangélica me disse que ele dissera para ela mais ou menos o mesmo que hoje essa outra amiga me contou. Assim, por bocas diferentes e que entre si não se conhecem, certa palavra vai se firmando. E isto muito me preocupa, pois, eu não conhecia nem mesmo o tal moço. Tudo veio das pessoas, o que mostra que isso que ele pensa que pode esconder, pela própria volúpia culposa na qual ele vive, começa a se derramar.

Foi mais ou menos acerca de coisas assim que Paulo disse a Tito que tais pessoas “não irão avante”, pois serão alcançadas pelos seus próprios pecados praticados em cinismo.

Os seres humanos em geral pensam que todos os pecados humanos são vistos apenas em razão da falta de habilidade do pecador flagrado, mas que, como é agora com elas, agora será uma outra história, e ninguém as apanhará; nem Deus.

A questão é que se a pessoa vive para falar de Deus e come de tal fala, por mais cretina que ela seja, a bomba da verdade se instala nela e contra ela, e, um dia, de um modo ou de outro, fará com que a pessoa mesma se entregue, até inconscientemente; ou mesmo que fira a si mesma por ir criando um cenário cheio de elementos auto-destrutivos, os quais um dia eclodirão, e, em geral, simultaneamente.

Há os que se especializam em andar por aí “seduzindo mulherinhas sobrecarregadas de pecados”, e que nunca chegam ao pleno conhecimento da verdade, e, por tal razão, seguem enganando e sendo enganados.

É melhor ser ateu do que existir falando de Deus com a alma tão ateia e cínica assim.

A confissão de um ateu honesto geraria um ribombar no céu. Mas as confissões de fé dos “ateus de Deus” enfurecem os céus e produzem algazarra de diabólica festa em todos os escalões do inferno.

Saiba isso!

Fuja disso!



Caio

Máfia Religiosa

Caro Pastor, Gostaria de agradecer seu amor e atenção a minha pessoa no seu site. Bem sei que este amor não foi diretamente para mim, mas sinto como se fosse. Com sua licença, venho pedir mais uma palavra sua, por pequena que seja, para que eu tenha uma direção de como agir.Fui católica por muitos anos, do batismo à crisma, fiz tudo de acordo com a doutrina católica. Perdi meus pais em um acidente e me afastei na igreja católica. Fiquei muito deprimida, perdi semestre na faculdade, até que uma amiga me levou a uma denominação evangélica.Lá encontrei palavras doces, carinho, atenção. Comecei a ler a Bíblia e também comecei a questionar certas coisas que eram ensinadas na igreja... Contudo guardava isso em meu coração. Quem era eu para contestar o pastor?Depois de um ano, conheci um seminarista da mesma denominação, mas de outra congregação... Ele falou comigo para namorar... Fui sincera e disse que só sentia amizade por ele. Passados alguns meses, durante os quais minha amiga e o pastor da igreja sempre me aconselharam a aceitar o namoro... porque ele seria um excelente rapaz..., cedi.Iniciamos um namoro. Tudo era normal.Certo dia, um amigo da faculdade conversando comigo sobre religião me prometeu um DVD que abriria meus olhos sobre o assunto.No dia seguinte ele trouxe...
O DVD era seu... Falava do império das trevas.
Chocada, paralisada, abismada, assisti com atenção, e entre muitas lágrimas ouvi tudo o que o senhor falava.
Algumas dúvidas que guardava em meu coração quando iniciei a ler a Palavra, foram esclarecidas e o senhor foi muito mais além! Aquelas palavras mudaram por completo minha vida e me fizeram não querer mais ir à denominação, mas viver o evangelho da graça. Fui falar com meu namorado e aí começaram os problemas. Com amor e cautela expus a verdade a ele. Pedi que assistisse o DVD comigo... Infelizmente ele tem verdadeiro ódio a sua pessoa. Depois de uma briga, terminei o namoro. O pastor e minha amiga da denominação me ligaram muito para que eu voltasse atrás. Falaram barbaridades sobre sua pessoa. Eu mantive minha decisão. No mês passado meu ex-namorado me telefonou pedindo para conversarmos. Marcamos o encontro. Novamente ele tentava me convencer a voltar à denominação e esquecer tudo que vi e ouvi no DVD, dizendo ser doutrina maligna.
Começou outra briga que terminou em um estupro...
Ele me bateu e me estuprou...
Foi embora e me deixou ferida em todos os sentidos...
Pensei que ia morrer tamanha dor e vergonha.
Fui socorrida por uma amiga...
Fiquei um tempo na casa dela...
Depois que fui tratada e conseguia sair de casa, fui ao pastor dele contar o que aconteceu. Ele me mandou perdoar e esquecer. Disse que um cristão não denuncia outro cristão e que se eu resolvesse denunciar, eu estaria me arriscando. Chocada eu me calei e resolvi ficar quieta.Agora descobri que estou grávida... E já não sei o que fazer!
Não tenho a menor condição financeira de ter esse filho além de não ter condições psicológicas para ser mãe. Não durmo quase nada. Não consigo me alimentar. Tenho pesadelos com ele.
Amado, que devo fazer?Minha amiga que me levou a denominação me disse que ele quer voltar a namorar comigo e esquecer tudo...; e até casar. Como posso casar com ele?
Devo casar só para ter condições de criar meu filho?Desculpe se para o senhor minhas duvidas forem tolas, mas já não sei o que pensar. Como um homem que diz ter chamado para ser pastor pode fazer algo assim? Como ele pode pregar a Cristo depois de ter feito o que fez comigo? Às vezes tenho vontade de denunciá-lo a Policia. Outras vezes penso em tudo que vou passar com essa denuncia e prefiro me calar... Caro pastor, me ajude... Já estou quase a desesperar da vida. Não tenho ido à faculdade... Estou isolada em casa. Sinto-me só e perdida!Obrigada mesmo que não venha a responder esta carta. Que Jesus sempre seja com seu espírito.Fique na Graça e na PAZ Com Carinho e gratidão,
_____________________________________
Resposta:

Minha querida filha: Graça e Paz!
Primeiramente devo dizer que sempre que ouço uma história assim... a vontade que me dá é a de “pagar uma visita” ao estuprador e empalá-lo...
Sim, numa estaca!...
Uma estaca para o seminarista estuprador na porta do Seminário, ou, no caso, do Sêmenario...
A religião é assim... O DVD está provado... Sim, eles provam que o que digo é verdade...
E mais:...
O que você acha que pode ser mais Império das Trevas do que isso?...
Sim, não é a mesma treva do Senédrio, dos sacerdotes que em nome de Deus e contra a heresia assassinavam e estupravam em nome da Ortodoxia?...
Eu sou diabo porque prego o Evangelho... A mim eles denunciam como herege... A mim eles proíbem você de ouvir... Sobre mim vale dizer tudo, até matar com palavras... Mas, enquanto isto..., o seminarista que odeia..., que vive de raiva..., que faz violência..., que é covarde e frouxo como uma dondoca..., estupra você em nome do ódio que sente por mim e em nome do direito diabólico que ele sente que tem sobre mulheres fracas no corpo, embora milhões de vezes melhor de cabeça do que ele...
O que fazer?...
Primeiro acho que você deve de fato procurar um advogado e contar a história... Você tem testemunhas... Você pode provar... Você tem o DNA dele em você... Sim, ele tem que ser tratado conforme a Lei. Ele não pode estuprar pessoas e pedir que o pastor peça que não se dê queixa...
Um cristão não estupra outro cristão!...
E nem precisa ser cristão, é claro. Basta ser gente. Gente não estupra gente. Quem faz não é...
Além disso, no próprio processo, demande logo o reconhecimento do seu filho, não para convívio com o “pai/estuprador”, mas para que o estuprador assuma mais essa responsabilidade; que é dele!...
Tenha seu filho...
Não jogue o filho fora por causa de um pai que não é pai..., embora você seja mãe, e ainda venha a aprender muito sobre a benção de ser mãe.
Casar com ele?... Para ter comida?... Não! Jamais!
Sei que você está apavorada e sozinha...
Por isto peço que me diga onde mora, pois, quero enviar gente de Deus para estar com você...
E mais: quero ajudar você a ter seu filho!
Portanto, me diga onde você mora...
O que você deve fazer contra o Sêmenarista não é vingança, é justiça da vida...; e mais: é precaução já..., posto que esse bandidinho tenha que aprender com quantos paus se faz uma cangalha...
Deixa-lo sem disciplina legal é estimular o monstro nele...
Mas não tema...
Creia: você não ficará só...
Apenas nos diga onde mora e faremos tudo para estar ao seu lado, agora..., durante..., e depois do seu filho nascer.
Creia: você não está só!...

Nele, que ama você e seu filhinho, e que não o conta como filho de uma violência, mas sim de uma filhinha Dele cheia de amor e fé,

Caio
15 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
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----- Original Message -----
From:
To: contato@caiofabio.com
Sent: Wednesday, September 16, 2009 7:59 AM
Subject: Como agir segundo Jesus?

Amado Pastor! Paz seja contigo e toda sua casa!Com muita alegria vi sua resposta. Confortou meu coração. Minha noite foi em claro, são 7:20h da manhã e não dormi um segundo.A resposta a minha carta que foi postada em seu site, repercutiu muito. O pastor da denominação leu e identificou que a moça sou eu. Ele e o meu ex vieram aqui em minha casa ontem à noite e me fizeram ameaças. Disseram que eu jamais me sairia bem dessa... caso fosse à Polícia... e tivesse a sua ajuda. Disseram também que eu devia me preocupar com minha saúde e a do meu filho... porque acidentes podem matar a mãe e o filho que ela carrega no ventre. Disseram que o senhor só quer desmoralizar as igrejas evangélicas, e que eu daria a faca e o queijo em suas mãos caso levasse o fato à Polícia. Depois que eles foram embora, meu telefone não parava de tocar; minha amiga da denominação também veio a minha casa... Enfim a noite foi em claro e repleta de ameaças. Estou na casa da amiga que me socorreu no dia da violência. Ela é o meu "anjo da guarda"... Está me dando colo e atenção.
Estamos providenciando minha mudança. Vou viajar para casa de parentes dela no interior... Também tenho a opção de me mudar para dois outros lugares... Enquanto isso não acontece, não vou voltar mais sozinha para minha casa... Ficarei escondida... Só voltarei a minha casa acompanhada e para resolver tudo da mudança. Vou trancar minha faculdade, pedir demissão do meu emprego, vender o pouco que tenho aqui, entregar a casa à proprietária e mudar dessa cidade... Hoje vou saber como proceder... Quero saber como denunciá-lo e manter minha integridade física e a do meu filho. Temo sim pela minha segurança... Eles são de uma denominação rica e muito influente em todo o Brasil. Jamais jogaria meu filho fora... Nunca passou em minha mente cometer aborto. Mesmo no desespero de não ter como criá-lo (meu salário é R$625,00), nunca iria deixar de acolhê-lo e tentar criá-lo de acordo com o evangelho que o senhor me apresentou. O evangelho que me salvou da dor, dos medos, das culpas, do "deus" vingativo e malvado que os religiosos me apresentaram. Hoje estou convicta que Jesus me ama e também ama o fruto de meu ventre. Sei que esse fruto foi gerado por Ele com muito amor, e esse amor que quero transmitir ao meu filho desde agora que ele está em meu ventre, até o fim dos meus dias. Tenho fé que Jesus me ajudará, ou melhor, já esta me ajudando com seus conselhos amorosos e com essa minha vizinha, que é um canal de graça na minha vida. Ela me tomou como uma filha e está me ajudando como jamais eu poderia agradecer!Apesar de toda dor que esse rapaz me fez e esta fazendo passar, ele está perdoado e sempre estará em minhas orações. Espero que Jesus tire a cegueira da religião e traga sobre ele a luz do evangelho que nos livra de todas as trevas. Ao senhor, amado pastor, meu muitíssimo obrigado, meu carinho, respeito e gratidão. Espero um dia vê-lo... E que nesse dia eu esteja com meu filho nos braços!...Que Jesus sempre seja com seu espíritoUm beijo muito carinhoso. Sua filha que muito te ama,
__________________________________________
Resposta:

Minha filha querida: Graça e Paz!

Há várias pessoas se oferecendo para ajudar você, e, de modo muito especial, um casal de amigos de São Paulo.
Vi, entretanto, que o amor de Deus a cercou de anjos...
Louvado seja Deus por isto!
No entanto, relembro a você que seja em que direção for..., você tem meu compromisso de que não estará só em nenhum processo... no qual humanamente possamos estar ao seu lado.
Portanto, acione-nos conforme lhe seja melhor..., se for o caso.
Eles estão dizendo que quero desmoralizar a “igreja evangélica”...
Meu Deus! O Sêmenarista estupra, o pastor esconde, as crentes aconselham a deixar pra lá..., ameaçam..., e, depois, eu é que quero desmoralizar a “igreja evangélica”!?...
Essa “igreja” que eles defendem e apresentam a você não existe para Deus, posto que seja apenas uma confraria mafiosa...
Não os tema!... Sim, não os tema nem por um momento...
Pense nas alternativas que lhe dei na carta menor que lhe enviei hoje cedo... Todas estão à sua disposição...
Fique em paz... Sua libertação em Jesus não tem volta...
E mais: você está semeando grande fé, cheia de muita intrepidez e ousadia no Senhor!
Estou aqui. Você sabe.

Nele, com todo amor e respeito pela doçura de sua alma e pela firmeza de sua fé em Jesus,


Caio
16 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MISERICORDIUM

Alguns monastérios da Idade Média tinham regras tão rigorosas, neuróticas e restritivas quanto a tudo, mas também em relação à comida e à bebida... — preocupados que eram com o pecado da gula..., que, segundo se cria, abriria espaço para a lascívia, e assim por diante... —, que, depois de um tempo, não suportaram sua própria pressão de culto às regras..., e, assim, criaram dentro do ambiente do Monastério, num recanto meio projetado para fora da arquitetura original do lugar, um apêndice ao qual se tinha acesso de dentro do próprio “prédio sagrado”, e que era chamado de MISERICORDIUM...
Ora, dentro do MISERICORDIUM era uma Zona Franca de tudo o que se relacionava a comida e bebida, de modo que os monges entravam no MISERICORDIUM magros e danados de apetite carnal amplificado pela proibição como adicional de desejo compulsivo... [Pobre MISERICORDIUM!...]... e de lá saiam gordos e bêbados...
O MISERICORDIUM era o mundo sob o manto da Graça, da Misericórdia...
Seria o lugar do descanso das regras... Seria um ambiente de refugio... Mas não era.
De Fato o MISERICORDIUM era o lugar dos EXCESSOS.
ENTRETANTO, na religião, ninguém chamaria o lugar pelo seu próprio nome, que deveria ser BACANORIUM e não MISERICORDIUM.
Aliás, na religião nada corresponde a nada...
Primeiro porque não deveria haver Monastérios, ou seja: prédios sagrados para gente sagrada... Nesse sentido, toda “igreja-prédio” é um Monastério..., e é vista e sentida do mesmo modo... É Sal dentro do Saleiro..., e não no chão da terra e do mundo.
Segundo porque não deveria haver regras depois que foi decretado que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm, todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam... E isto com o chamado para que se viva buscando o que convém e edifica. E ponto.
Terceiro porque é obvio que excessos geram excessos opostos, sempre. Portanto, o impor de regras excessivamente restritivas é o mesmo que criar pecados e taras.
Quarto porque não se tem que criar nenhum MISERICORDIUM..., a fim de que se não viva em nenhum BACANORIUM... Sim, pois a misericórdia usada como desculpa para o excesso, sempre criará o BACANORIUM.
Veja o fenômeno em operação...
Ora, a fim de se fugir do “mundo” se cria o Monastério. No Monastério, a fim de se fugir do “pecado”, regras são geradas... Só que com as regras vêm as tentações... Então, a fim de que se não peque no LUGAR SANTO, no Monastério, na “igreja-prédio”[que é psicologicamente um lugar anti-mundo], cria-se o MISERICORDIUM, que é um mundo coberto pela Graça como Concessão ao mundo do qual no inicio se fugia..., sim..., mundo em razão do qual o Monastério fora criado, regras foram estabelecidas a fim de coibir as tentações da carne e do mundo...; e, como o mundo não se foi em razão do aumento das tentações para o nível da tara e da compulsão, a fim de que não se traga “o mundo” para o Lugar Santo, o Monastério, cria-se o que para eles era um BACANORIUM, só que ungido como MISERICORDIUM.
Assim surge o CRENTORIUM...
No fim o que tem importância é o prédio, é o Monastério, é a “igreja - edifício - consagrado”... E em segundo lugar vem o corpo de fiéis, que é o CRENTORIUM.
O que se crê quando assim se faz?...
Ora, a crença é que o mundo não mora perto do prédio de Deus... Que o mundo não é gente... Que o mundo não é o coração... Não! A crença é que o mundo é um lugar... Por isto é que se pode apelar para o BACANORIUM como MISERICORDIUM... Afinal, é um apêndice do Monastério, longe fisicamente do “mundo-geográfico”, e ungido com um nome da Graça: MISERICORDIUM...
Tem muita gente pensando que o “Caminho da Graça” é um MISERICORDIUM no anexo do Monastério, da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição”...
Ora, esses vêm..., entram...; alguns ficam...; outros se vão...; outros vão e vêm...; outros “elaboram” suas próprias idéias e criam suas próprias fantasias sobre tudo...; e, assim, vão às reuniões para se “purificarem” [Ó! Como são pagãos!...] e saem “purificados” do MISERICORDIUM direto para o BACANORIUM...
O pior é que fazem isto enquanto a firmam que estão LIVRES...
Livres de quê? — indago.
De fato, espiritual e psicologicamente estão ainda no mesmo “Monastério”..., só que no anexo santificado para consumo mundano, o GRAÇORIUM...; ou, como no tempo antigo, no MISERICORDIUM...; ou, no dizer da verdade, no BACANORIUM.
Quando a mentalidade de “monastério” — que é a mentalidade da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição-representante-de-Deus-no-mundo”, que, ironicamente..., é também uma colônia de exilados do encontro humano..., e que dizem loucamente que são essenciais ao mundo e à vida da qual fogem... — é a mentalidade prevalente...; e ela pode se fazer presente mesmo quando a pessoa pensa que já está no anexo, no MISERICORDIUM..., então a Graça vira GRAÇORIUM...
Sim, tanto quanto o Monastério era um mundo de Luxo Alienado..., do mesmo modo o MISERICORDIUM nada mais era do que um grande BACANORIUM.
Quem lê o meu site e já leu o meu livro Sem Barganhas com Deus..., esse entendeu de modo simples e claro tudo o que eu disse... Mas quem não leu o livro e não lê o site... esse apenas pensará que entendeu... Embora, de fato, terá até algumas pistas...
Tome as providencias que achar necessárias...
Afinal, Deus como que nos diz...:
MISERICÓRDIA QUERO!... NÃO BACANORIUM!...

Nele, que nunca chamou mundo ao chão do planeta, mas apenas à produção do coração humano contra a vida e contra o amor,

Caio
14 de setembro de 2009
Lago Norte

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PRETENSÃO

Bem, por muito tempo fui levado a crer que a Biblia foi escrita pra mim. Para minha igreja, para meu povo. Fui muito egoísta esse tempo todo.
Hoje sei que o que jesus chamou de meus irmãos e irmãs NÃO FOI SOMENTE O POVO EVANGÉLICO, mas foi todo o genero humano. parece fácil??? não é! tente imaginar um macumbeiro seu irmão, amado de Deus, salvo pela fé, com direito a mansão celestial??? tudo aquilo que pregamos para os "nossos" sendo também válido para eles? sem ter que fazer nada doque pregamos nos nossos pulpitos?
Não somos os escolhidos. QUANTA PRETENSÃO! jesus salvou o genero humano. Resgatou o homem, não um grupo apenas. Alargue sua visão. Saia dessa pretensiosidade toda. Aceite isso como um fato: VC NÃO É MELHOR QUE NINGUEM.

sábado, 8 de agosto de 2009

O PASTOR E AS MENININHAS

ELE SAÍA COM TODAS.... COMIA TODAS E PEDIA PARA QUE FICASSEM CALADAS. ERA MEU AMIGO, CONHECIDO DE TEMPOS, MAS CONFESSO QUE DESCONHECIA ESSE LADO DELE. ELE SE DIZIA "UNGIDO" E EM UNGIDO NAO SE TOCA.
QUEM O UNGIU? E QUEM UNGIU QUEM O UNGIU? E QUEM UNGIU QUEM UNGIU QUEM O UNGIU? E QUEM...? AFINAL ONDE ESSA PALHAÇADA VAI DAR?
BEM, O CERTO É QUE FINALMENTE ELE FOI PEGO NO FLAGRA E... FICOU SEIS MESES DE DISCIPLINA. AGORA, PASSADO O PERIODO DE DISCIPLINA, ELE VOLTOU A PASTOREAR... A UNGIR PASTORES QUE UNGE PASTORES, QUE UNGE PASTORES. QUEM INVENTOU ISSO?????????????
BEM, A ESPOSA DELE O PERDOOU, AS FILHAS O PERDOARAM
COITADAS DAS MENININHAS.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O ACUSADOR

O ACUSADOR

Ensina a tradição religiosa cristã que há um ser angelical acusando os pecadores diante de Deus. O seu nome é Diabo ou Satanás. A base para esta doutrina se acha no livro do Apocalipse: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana a todo o mundo: ele foi precipitado na Terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap. 12: 9, 10).
O verso nove fala do enganador, e o verso dez fala do acusador. São pessoas diferentes com atuações diferentes. O Diabo enganou Eva, mas não a acusou. Não há na Bíblia, no Velho, como no Novo Testamento, nenhuma acusação do Diabo diante de Deus. Analisemos o caso de Jó. Satanás não acusou, apenas pôs em dúvida a sua fidelidade. Foi caso de suspeita, não de acusação. Como Jó não caiu em pecado, a suspeita foi infundada, e Jeová foi quem caiu inutilmente na tentação do Diabo. Caindo na tentação do Diabo, Jeová quebrou a sua promessa de guardar o justo: “Vós, que amais a Jeová, aborrecei o mal; ele guarda as almas dos seus santos, e os livra das mãos dos ímpios” ( Sl. 97: 10; 37: 28; 91: 1-10, etc.). Os acusadores de Jó foram seus três amigos, afirmando que o mal lhe tocou porque era pecador. O próprio Jeová testificou de Jó como sendo justo (Jó 1: 8; 2: 3). Neste último verso Jeová confessa ter sido incitado pelo Diabo sem causa, coisa que não condiz com a sua divindade.
A Bíblia deixa bem claro as atuações do Diabo:
TENTADOR- “E chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães” (Mt. 4: 3, I Ts. 3: 5, I Co. 7: 5). DEVORADOR- “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o Diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a que possa tragar.” (I Pd. 5: 7-8).
GERAR FILHOS- “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai...” (Jo. 8: 44).
ARMADOR DE CILADAS: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo” (Ef. 6: 11).
MENTIROSO- “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, PORQUE NÃO HÁ VERDADE NELE; QUANDO ELE PROFERE MENTIRA, FALA DO QUE LHE É PRÓPRIO, PORQUE É MENTIROSO E PAI DA MENTIRA.” (Jo. 8: 44). É óbvio que um mentiroso não pode acusar ninguém diante do Juiz. Deus, o soberano Deus, não permitiria as acusações de um demônio mentiroso. Seria uma pantomina. Seria a desmoralização do tribunal celestial. Uma comédia bíblica.
Graças a Deus, Jesus nos dá uma explicação convincente: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.” (Jo. 5: 45). Por que Moisés é o acusador ? Porque Moisés entregou ao povo de Israel a lei de Jeová. “Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do concerto de Jeová, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti” (Dt. 31: 26). “E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles” ( Nm. 9: 34).
Ora, se a lei acusa, e a lei é de Jeová, o acusador é Jeová e não o Diabo. Que Jeová acusa o pecado dos homens é fácil de provar. “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn. 3: 17). Acusou e condenou Adão, e acusou e condenou aos antediluvianos: “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face, porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra” (Gn.6: 13). Acusou ER, filho de Judá: “Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos de Jeová, pelo que Jeová o matou” ( Gn. 38: 7). Acusou Saul: “Então disse Jeová a Samuel: Até quanto terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado para que não reine em Israel ?” (I Sm. 16: 1). Acusou o sacerdote Eli: “E disse Jeová a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. Naquele mesmo dia suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; começá-lo-ei e acabá-lo-ei” (I Sm. 3: 11-12). Jeová acusou a Davi: “Por que, pois, desprezaste a palavra de Jeová, fazendo o mal diante de seus olhos ? A Urias, o Heteu, feriste a espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amon. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, ...” (II Sm. 12: 9-10). Jeová acusou todo mundo: Salomão, Roboão, Jeroboão, Gideão, Acabe, etc, etc.
Jesus não acusa ninguém. (Jo. 5: 45). Muito pelo contrário. Jesus é o advogado dos pecadores. Não acusou a pecadora de Lc 7: 36-47. Nem a adúltera que ia ser apedrejada (Jo. 8: 1-11). Nem o desonesto cobrador de impostos, chamado Zaqueu (Lc. 19: 1-10). Nem os ladrões na cruz (Lc. 23: 39-43). JESUS É O ADVOGADO DOS PECADORES. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (I Jo. 2: 1).
Jeová é o acusador, logo não são a mesma pessoa, e Jeová também não é o Pai, pois o Pai só salva, e não acusa, nem condena. “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis”(I Tm. 4: 10).
Jesus Cristo, como Salvador e advogado, tinha de suprimir a lei acusadora de Jeová, pois se a adotasse seria acusador também, como aconteceu com Moisés.
Jesus Cristo é o único Salvador e o único caminho.

Autoria Pastor Olavo S. Pereira

O cusador

O ACUSADOR

Ensina a tradição religiosa cristã que há um ser angelical acusando os pecadores diante de Deus. O seu nome é Diabo ou Satanás. A base para esta doutrina se acha no livro do Apocalipse: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana a todo o mundo: ele foi precipitado na Terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap. 12: 9, 10).
O verso nove fala do enganador, e o verso dez fala do acusador. São pessoas diferentes com atuações diferentes. O Diabo enganou Eva, mas não a acusou. Não há na Bíblia, no Velho, como no Novo Testamento, nenhuma acusação do Diabo diante de Deus. Analisemos o caso de Jó. Satanás não acusou, apenas pôs em dúvida a sua fidelidade. Foi caso de suspeita, não de acusação. Como Jó não caiu em pecado, a suspeita foi infundada, e Jeová foi quem caiu inutilmente na tentação do Diabo. Caindo na tentação do Diabo, Jeová quebrou a sua promessa de guardar o justo: “Vós, que amais a Jeová, aborrecei o mal; ele guarda as almas dos seus santos, e os livra das mãos dos ímpios” ( Sl. 97: 10; 37: 28; 91: 1-10, etc.). Os acusadores de Jó foram seus três amigos, afirmando que o mal lhe tocou porque era pecador. O próprio Jeová testificou de Jó como sendo justo (Jó 1: 8; 2: 3). Neste último verso Jeová confessa ter sido incitado pelo Diabo sem causa, coisa que não condiz com a sua divindade.
A Bíblia deixa bem claro as atuações do Diabo:
TENTADOR- “E chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães” (Mt. 4: 3, I Ts. 3: 5, I Co. 7: 5). DEVORADOR- “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o Diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a que possa tragar.” (I Pd. 5: 7-8).
GERAR FILHOS- “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai...” (Jo. 8: 44).
ARMADOR DE CILADAS: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo” (Ef. 6: 11).
MENTIROSO- “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, PORQUE NÃO HÁ VERDADE NELE; QUANDO ELE PROFERE MENTIRA, FALA DO QUE LHE É PRÓPRIO, PORQUE É MENTIROSO E PAI DA MENTIRA.” (Jo. 8: 44). É óbvio que um mentiroso não pode acusar ninguém diante do Juiz. Deus, o soberano Deus, não permitiria as acusações de um demônio mentiroso. Seria uma pantomina. Seria a desmoralização do tribunal celestial. Uma comédia bíblica.
Graças a Deus, Jesus nos dá uma explicação convincente: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.” (Jo. 5: 45). Por que Moisés é o acusador ? Porque Moisés entregou ao povo de Israel a lei de Jeová. “Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do concerto de Jeová, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti” (Dt. 31: 26). “E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles” ( Nm. 9: 34).
Ora, se a lei acusa, e a lei é de Jeová, o acusador é Jeová e não o Diabo. Que Jeová acusa o pecado dos homens é fácil de provar. “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn. 3: 17). Acusou e condenou Adão, e acusou e condenou aos antediluvianos: “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face, porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra” (Gn.6: 13). Acusou ER, filho de Judá: “Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos de Jeová, pelo que Jeová o matou” ( Gn. 38: 7). Acusou Saul: “Então disse Jeová a Samuel: Até quanto terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado para que não reine em Israel ?” (I Sm. 16: 1). Acusou o sacerdote Eli: “E disse Jeová a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. Naquele mesmo dia suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; começá-lo-ei e acabá-lo-ei” (I Sm. 3: 11-12). Jeová acusou a Davi: “Por que, pois, desprezaste a palavra de Jeová, fazendo o mal diante de seus olhos ? A Urias, o Heteu, feriste a espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amon. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, ...” (II Sm. 12: 9-10). Jeová acusou todo mundo: Salomão, Roboão, Jeroboão, Gideão, Acabe, etc, etc.
Jesus não acusa ninguém. (Jo. 5: 45). Muito pelo contrário. Jesus é o advogado dos pecadores. Não acusou a pecadora de Lc 7: 36-47. Nem a adúltera que ia ser apedrejada (Jo. 8: 1-11). Nem o desonesto cobrador de impostos, chamado Zaqueu (Lc. 19: 1-10). Nem os ladrões na cruz (Lc. 23: 39-43). JESUS É O ADVOGADO DOS PECADORES. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (I Jo. 2: 1).
Jeová é o acusador, logo não são a mesma pessoa, e Jeová também não é o Pai, pois o Pai só salva, e não acusa, nem condena. “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis”(I Tm. 4: 10).
Jesus Cristo, como Salvador e advogado, tinha de suprimir a lei acusadora de Jeová, pois se a adotasse seria acusador também, como aconteceu com Moisés.
Jesus Cristo é o único Salvador e o único caminho.

Autoria Pastor Olavo S. Pereira

sábado, 13 de junho de 2009

O PAI DA MENTIRA

O PAI DA MENTIRA

“Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” – Jo. 8:44

Quais são as mentiras do diabo no princípio? Falou que não morreriam no mesmo dia se comessem da árvore da ciência do bem e do mal. E Adão, expulso do paraíso viveu 930 anos. (Gn.5:5). Aqui o diabo não mentiu. Jeová Deus havia dito que no dia que comessem morreriam. (Gn.2:17). O diabo prometeu que seriam como Deus, sabendo o bem e o mal. (Gn.3:5). E Jeová Deus confirmou a promessa do diabo, dizendo: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal”- (Gn.3:22). Também aqui a serpente (diabo) não mentiu.
Jesus disse também que o diabo foi homicida, mas quem matou Adão e Eva foi Jeová Deus. “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente; Jeová Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden” - (Gn.3:22).
Certamente o diabo é mentiroso, mas não é fácil identificá-lo como o pai da mentira.
O Novo Testamento afirma que Deus não pode mentir. (Tito1:2). Se Deus mentisse uma vez seria o pai da mentira, pois Deus existia antes do diabo, e assim seria mentiroso antes do diabo. Jeová é Deus, logo não pode mentir. Se Jeová mentir uma vez, é o pai da mentira, pois o diabo é criatura do Deus Jeová. “Ora, a serpente era a mais astuta que todas as alimárias do campo que Jeová Deus tinha feito”- (Gn.3:1). Foi Jeová que a criou.
Se na Bíblia houver uma mentira de Jeová, ou Deus é o pai da mentira, ou Jeová não é o Deus Pai. Vamos percorrer as páginas do Velho Testamento.
1 - Jeová amou Salomão desde o ventre. “Então consolou Davi a Bate-Seba, sua mulher, e entrou a ela, e se deitou com ela. E teve ela um filho, e chamou o seu nome Salomão; E JEOVÁ O AMOU” - (II Sm.12:24). O nome foi dado por Jeová.. “Eis que o filho que te nascer será homem de repouso: PORQUE REPOUSO LHE HEI DE DAR DE TODOS OS SEUS INIMIGOS EM REDOR. Portanto Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias” - (I Cr.22:9). Esta promessa da paz para Israel não estava vinculada ao comportamento de Salomão. Salomão pecou e o reino de Israel não teve a paz prometida. “Levantou Jeová , a Salomão um adversário, a Hadade, o Edomeu”- (I Rs11:14). “Também Jeová lhe levantou outro adversário, a Rezon, filho de Eliada, que tinha fugido do seu senhor Hadade-Ezer, rei de Zobá, contra quem também ajuntou homens, e foi capitão de um esquadrão, quando Davi os matou. E indo para Damasco, habitaram ali, e reinaram em Damasco, E FOI ADVERSÁRIO DE ISRAEL POR TODOS OS DIAS DE SALOMÃO, E ISTO ALÉM DO MAL QUE HADADE FAZIA; PORQUE DETESTAVA A ISRAEL, E REINAVA SOBRE A SÍRIA”- (IRs11:2325). Jeová falou que Israel teria paz, e ele mesmo levantou adversários contra Israel. LOGO, MENTIU.
2- Segundo a narrativa do Novo Testamento, todos os homens estavam mortos espiritualmente. “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou pôr esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo”- (Rm.5:17). Jesus confirma esta verdade: “E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar o meu pai, Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos”- (Mt.8:21-22).“E quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas”-(Col.2:13). “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, MAS PASSOU DA MORTE PARA A VIDA”- (Jo.5:24). Se todos os homens estavam espiritualmente mortos na alma desde Adão, o homem não precisaria pecar para morrer, pois já estava morto. Mas Jeová disse: “EIS QUE TODAS AS ALMAS SÃO MINHAS; COMO A ALMA DO PAI, TAMBÉM A ALMA DO FILHO É MINHA. A ALMA QUE PECAR MORRERÁ”- (Ez.18:4). Com estas palavras Jeová declarava que as almas estavam vivas, e só morreriam pecando. Mentiu portanto, pois as almas estavam todas mortas, conforme os quatro textos do Novo Testamento (Rm.5:12).
3 - Jeová se declara o TODO PODEROSO (El Shaday), e declara: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou: e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?”-(Is.43:13).“Porque o Senhor dos Exércitos o determinou: quem pois o invalidará? e a sua mão estendida está: quem pois a fará voltar atrás?”- (Is.14:27). “Vede agora que eu, eu sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato e eu faço viver, eu firo e eu saro: e ninguém há que escape da minha mão”- (Dt.32:39). Paulo apóstolo revela que alguém submeteu e corrompeu toda a criação: “Porque a criação, ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”- (Rm.8:19-22). Se toda a criação foi submetida ao opressor, e dentro dela Jeová se arroga tantos poderes, ou Jeová está submetido ao opressor, ou está mentindo. O que parece é que, quem faz, tem mais poder do que quem fala e proclama o que não pode fazer.
4 - Na Lei de Jeová lemos: “Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada um morrerá pelo seu pecado”- (Dt.24:16). Porém nos dez mandamentos lemos: “…porque eu, Jeová teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” - (Ex.20:5). Mas também Jeová matou o filho recém-nascido de Davi por causa do adultério. “E Jeová feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi”- (II Sm.12:15,19). Está provado que o Deus Jeová mente, logo, deve ser o pai da mentira.
5 - Sobre acepção de pessoas. “Pois Jeová vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas”- (Dt.10:17). “E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá; mas contra todos os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até os animais, para que SAIBAIS QUE JEOVÁ FEZ DIFERENÇA ENTRE OS EGÍPCIOS E OS ISRAELITAS”- (Ex.11:6,7). Então Jeová faz acepção de pessoas, e quando diz que não faz, mente. Jeová fez acepção entre o homem e a mulher, pois esta sendo inferior não tinha liberdade nem para fazer votos a Deus (Nm.30:1-8). Quando nascia menino, a mãe ficava imunda 40 dias, mas se nascia menina ficava imunda 80 dias (Lv.12:1-8). Jeová é o Deus da acepção e mente dizendo que não faz acepção de pessoas.
6 - Jeová deu ordem a Moisés sobre os sacrifícios e holocaustos. “Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e as tuas vacas, em todo o lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti, e te abençoarei”- (Ex.20:24). E depois afirma que não deu essa ordem. “Assim diz Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne. Porque nunca falei a vossos pais no dia em que vos tirei da terra do Egito, NEM LHES ORDENEI COISA ALGUMA ACERCA DE HOLOCAUSTOS OU SACRIFÍCIOS”- (Jr.7:21-22). Jeová mentiu outra vez.
7 - Jeová garantiu a Abraão que não destruiria o justo com os ímpios, e que se houvesse 10 justos em Sodoma pouparia toda a cidade por amor deles. (Gn.18:24-26 e 18:32). Mas o profeta Ezequiel declara por parte de Jeová que os justos serão destruídos juntamente com os ímpios. Mentiu pela sétima vez (Ez.21:1-4). E há muito mais mentiras de Jeová; mas estas bastam.
Se Jeová mente tanto, tudo o que fala a seu respeito também é mentira. Mente quando se declara criador, mente quando afirma ser salvador, e quem crê nas suas mentiras, se faz filho da mentira (Jo.8:44).
A única verdade que existe é Jesus Cristo e seu Pai. “Eu sou o caminho a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo.14:6).